terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Começou o ritual eleitoral

César mandou tocar os sinos, para chamar os fiéis para a liturgia política. Ele será o celebrante, acolitado, embora, por muitos sacerdotes, meninos de coro, membros de confrarias e comissões.
E o cortejo ainda não chegiou ao adro!...
Nos salões, vão reunir, algumas vezes, os membros das irmandades. Proporão medidas e farão juras de apoio desinteressado e incondicional à causa.
Após as férias estivais, haverá a grande festa, com arraial, recolha dos compromissos eleitorais e o tradicional sermão político, seguido de aplausos e de vivas!
Cerimonial idêntico, terão outras irmandades políticas, todas elas com juras de conversão ao povo e de fidelidade aos compromissos anunciados.
César tomou a dianteira, mas Costa Neves, Lima, Aníbal Pires, e alguém do BE, marcarão datas para as suas celebrações e respectivos cortejos...
Para que as festas corram bem e o povo goste, importa prepará-las: contratar as bandas, os artistas, as luzes, as bandeiras, as taças e os melhores lugares para os dedicados e indefectíveis. É que atrás do pálio, estão reservados, lugares para os segundos protagonistas que, vestidos de opas vermelhas e armados de varas, assumem, publicamente, o bom desempenho da festa.
Afinal, o cerimonial do poder cívico é uma réplica da liturgia católica!...
Quão difícil é "dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus"!...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Fomos mencionados pelo Arrastão

O destaque dado pelo blog Arrastão ( http://arrastao.org/ ) ao Azorianos, de entre quase três dezenas de outros também mencionados, comprova o que há muito defendemos: as novas tecnologias da informação TIC, revolucionaram os processos tradicionais de divulgação da opinião e da informação e constituem-se hoje num poderoso mass media quer a nível local quer a níveis mais amplos da globalização.
É uma responsabilidade a que procuraremos responder, uma vez que o nosso compromisso primeiro foi dar a conhecer os Açores ao Mundo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Alvaro Dâmaso colabora com Governo de C.César

Em 1996, por esta altura, era impensável o entendimento político entre estas duas personalidades regionais, pois ambas lutavam pelo poder.
Passados todos estes anos, Carlos César e Álvaro Dâmaso entenderam que os Açores precisam do contributo de todos, sobretudo dos que já deram provas de capacidade para o desempenho de tarefas relevantes. Um exemplo que, servindo embora estratégias político-partidárias, (não somos ingénuos!) deve ser referência para o futuro.
Aqui fica a notícia e foto publicada pelo GAC.S:

"Vantagens dos Açores devem ser valorizadas num contexto de concorrência num mercado aberto
O presidente do Governo dos Açores disse hoje ser importante identificar, promover, valorizar e potenciar, com muito rigor e realismo, as vantagens dos Açores num mercado aberto onde os capitais circulam sem barreiras e as possibilidades de investimento são cada vez mais globalizadas, sendo um esforço inglório e condenado ao fracasso tentar vender o que não tem mercado.

Carlos César falava na cerimónia da tomada de posse do novo presidente do Conselho de Administração da Agência para a Promoção do Investimento dos Açores (APIA), Álvaro Dâmaso, e da administradora não executiva, Leonor Albergaria, e apontou, como algumas dessas vantagens, a menor carga fiscal, uma população jovem, a estabilidade política e a estabilidade económica e financeira, o crescente nível de qualidade da infra-estruturação, bons sistemas de incentivos ao investimento privado e uma posição geoestratégica intercontinental revalorizada.

Particularizando, com especial ênfase, a estabilidade financeira açoriana, disse que “esta realidade é tão mais segura e evidente quanto, ao contrário do Continente e da Região Autónoma da Madeira, os Açores já efectuaram o seu esforço de consolidação e ajustamento orçamental – em que a estabilização das despesas de funcionamento da Administração Pública Regional é apenas um exemplo –, não se prevendo, por isso, a médio prazo, qualquer constrangimento na disponibilização crescente de financiamentos para promoção do investimento.”

Pelo contrário, adiantou o presidente do Governo, os Açores poderão, num quadro de novas prioridades, reforçar significativamente a disponibilização de meios à promoção do investimento privado e à qualificação dos recursos humanos.

Para Carlos César o momento é de viragem no paradigma de desenvolvimento regional, que coincide com o novo ciclo europeu de programação de fundos. Até 2013, as prioridades politicas regionais estão devidamente identificadas e quantificadas no Quadro de Referência Estratégico dos Açores (QRESA), mas a ambição do Governo Regional – revelou – “não é apenas a de repercutir linearmente esta densidade de apoios na dinamização da nossa Região. Muito para além da quantidade, queremos também ampliar a produtividade e agir no sentido do apuro do impacto real e sustentável desses mesmos recursos.”

Afirmando que a atracção de investimento externo é um factor crítico de sucesso para o desenvolvimento na Região, o presidente do Governo manifestou-se convicto dos bons resultados do trabalho da APIA e anunciou haver já intenções seguras de investimentos nos Açores em áreas ou sectores ainda pouco explorados e que representam segmentos de mercado emergentes na estrutura produtiva regional, nomeadamente nos sectores do turismo, do ambiente, energias renováveis, serviços e tecnologias.

Importa, pois – disse, a terminar – “continuar a trabalhar, fixando os projectos já apresentados e angariando outros. Os Açores necessitam dessas presenças investidoras em áreas que não estão preenchidas ou em outras que carecem de uma revalorização, sendo certo que os investidores encontrarão no Governo Regional, nessa perspectiva interveniente, um parceiro de facilitação das suas oportunidades de negócio.” (GAC.S)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Santa Maria com estação da Agência Espacial Europeia

A Agência Espacial Europeia (ESA) inaugura quinta-feira a sua primeira estação de rastreio de satélites localizada em Portugal, mais concretamente na ilha açoriana de Santa Maria, no meio do Oceano Atlântico.Nélia Figueiredo adiantou hoje à agência Lusa tratar-se de um investimento estruturante para o desenvolvimento futuro de uma ilha que, ao longo da sua história, “tem sido marcada pela implementação de tecnologia de ponta". "Primeiro com o aeroporto, agora com a estação de rastreio, Santa Maria tem sido um palco privilegiado de infra-estruturas de grande importância mundial", afirmou a autarca que gere uma ilha onde residem cerca de seis mil pessoas.Construído em 1944 por militares, o primeiro aeroporto civil açoriano localizado em Santa Maria serviu de ponto de escala obrigatória para o reabastecimento e comunicações com aviões que atravessavam o Atlântico nas ligações entre a Europa e a América. No entanto, o avanço tecnológico verificado na aviação, com aeronaves de maior autonomia de voo, originou um descréscimo a partir da década de 70 da importância deste aeroporto, actualmente gerido pela ANA.O investimento da ESA na ilha vem, agora, relançar as esperanças das autoridades locais de colocarem Santa Maria novamente no mapa mundial, disse. A estação de Santa Maria, localizada a cerca de 200 metros de elevação no topo do Monte das Flores, ficará integrada numa rede global, sendo "uma das primeiras" da rede ESTRACK com a capacidade de fazer rastreio de lançadores de satélites. O primeiro lançamento seguido a partir de Santa Maria vai ocorrer já no início deste ano, quando o primeiro ATV (Automated Transfer Vehicle), destinado a reabastecer a Estação Espacial Internacional, for lançado a partir da Guiana Francesa, a bordo do foguetão "Ariane 5". De acordo com a ESA, depois do lançamento, vai ser possível receber dados em tempo real durante todas as fases e os eventos críticos do voo. Para Nélia Figueiredo, esta infra-estrutura, além de atrair para a ilha novos habitantes com um grau de qualificação elevado, vai criar novos postos de trabalho para os marienses, dinamizando a "frágil economia local".Segundo disse, a população está expectante para ver o que vai acontecer nos próximos meses, embora nem todos estejam devidamente informados da importância e utilidade da estação da ESA."Nos próximos tempos será feita na ilha uma ampla campanha de informação para que todos percebam o que está a acontecer, além de visitas guiadas ao local destinadas aos alunos", revelou a autarca. Além de fazer o rastreio do lançamento do foguetão "Ariane 5", a estação de Santa Maria será usada, no futuro, para receber telemetrias de outros lançadores e para serviços de recepção e envio de dados, nomeadamente no caso do projecto CleanSeaNet, da Agência Europeia de Segurança Marítima, que detecta derrames de petróleo por satélite, indicou a ESA. A estação açoriana foi instalada na sequência de um acordo entre a ESA e as autoridades portuguesas, que envolve também o Governo Regional dos Açores, e é operada localmente sob contrato com um consórcio que compreende os parceiros Edisoft/Segma/GlobalEda. (www.azorianooriental.pt)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Cantos d,Outrora do Belaurora- entre os grandes discos da música portuguesa

Álvaro José Ferreira da Antena 1 considera Cantos d’Outrora, de Belaurora(CD, UPAV, 1992), um dos grandes discos da música portuguesa, numa selecção publicada em: http://nossaradio.blogspot.com. Entre os eleitos conta-se discos de Amália, Zé Afonso, Fausto, Carlos Paredes, Trovante e outros grupos de nomeada e de excelente qualidade.
"Em 1992, vem a lume o CD "Cantos d'Outrora", álbum que o grupo Belaurora gravara em Abril de 1991. Seguindo-se ao LP "E do Velho Se Faz Novo!" (Polygram, 1987), este é o segundo trabalho discográfico do Grupo de Cantares Belaurora, criado em 1985, na ilha de S. Miguel (Açores), e especialmente vocacionado para a «recolha, pesquisa, estudo, preparação e divulgação da música tradicional e popular de todas as ilhas, sobretudo a mais antiga e já quase desconhecida». Com harmonizações de Carlos Sousa, o grupo Belaurora (Ana Medeiros, Carlos Sousa, Eduardo Medeiros, Francisco Nascimento, Isabel Meireles, Laureno Sousa, Margarida Botelho, Margarida Sousa, Micaela Sousa, Pedro Medeiros e Rui Lucas), recupera e recria em "Cantos d'Outrora" doze temas: "Manjericão" (Flores), "Abana" (Pico), "Sapateia" (S. Jorge), "Chamarrita de Braço" (S. Miguel), "Pezinho" (Graciosa), "Nova Chamarrita" (letra e música de Gilberto Bernado), "Sapateia" (Santa Maria), "Pezinho dos Flamengos" (Faial), "Tirana" (Terceira), "Saudade" (Saudade), "O Ladrão" (Flores) e "Naufrágio" (letra de Cristóvão de Aguiar / música tradicional da Ilha Terceira)."Cantos d'Outrora" fez parte da lista de álbuns nomeados para o Prémio José Afonso, de 1992, e embora não tivesse merecido do júri a distinção máxima (atribuída a Vitorino, com "Eu Que Me Comovo por Tudo e por Nada"), não deixa de ser um belo trabalho de música tradicional portuguesa, no caso açoriana. Com este disco e os que se seguiram, o grupo Belaurora tornou-se – pode dizer-se sem exagero – a maior referência no que respeita à recuperação e divulgação do rico cancioneiro das nove "ilhas de bruma".Sobre o disco, assim escreveu António Melo Sousa (ao tempo, Director de Programas da RDP-Açores): «Espelho de cantigas de um tempo sem tempo, "Cantos d'Outrora" é, antes de mais, um álbum concebido e laborado com rigor, mestria e vontade. Aqui se confirma a opção do Grupo Belaurora por caminhos já anteriormente revelados, tanto em disco como em muitas actuações ao vivo. Só que, neste caso, os critérios de recolha, as harmonizações e a disciplina dos arranjos reflectem uma solidez que é afinal fruto da experiência acumulada. "Cantos d'Outrora" é, no seu todo, um bom exemplo da necessária redescoberta do cancioneiro tradicional dos Açores, levada a cabo por um grupo cujo trabalho reflecte a verdade de um compromisso assumido com a terra e a gente que inspiram a raiz dos sons que recria. Sete anos depois do seu aparecimento, o Grupo Belaurora regressa assim ao nosso convívio com uma mão cheia de cantigas que nos (re)conduzem ao terreiro das ilhas onde a chamarrita pode ser nova ou de braço e onde, entre o aperto da saudade e da tirana, florescem pezinhos e sapateias».

Um abraço ao Bel,Aurora, ao seu director musical e respectivos elementos e votos de longa vida, que muito tem prestigiado a música tradicional açoriana.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Que pretendem os bancos? Que coloquemos a pequena poupança sob o colchão?

"Eles comem tudo e não deixam nada... (Saudades do Marcelismo)

Caixa Geral de Depósitos-Os Vampiros do Século XXI ou o Socialismo Moderno
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores principescamente pagos daquela instituição bancária. A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços, incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas contas à ordem. As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de contas, o estimado/a cliente é confrontado com a informação de que, para continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção, terá de ter em cada trimestre um saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à respectiva conta. Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio diário de EUR 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma. Como se compreende, casos como este e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar despesas de manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria. Uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos. É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade. Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa. Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso. Medita e divulga. . .
Mas divulga mesmo por favor Cidadania é fazê-lo, é demonstrar esta pouca vergonha que nos atira para a miserabilidade social.
Este tipo de comentário não aparece nos jornais, tv's e rádios....Porque será??? "
PS: o texto foi-me enviado por e-mail e desconheço o seu autor.
Acrescento apenas que este procedimento já há muito foi adoptado pela banca privada, mas uma instituição de crédito pública deve acautelar a pequena poupança.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Vamos conhecer-nos melhor

Neste início do ano, gostaria de saudar os açorianos ausentes do arquipélago.
Estão espalhados pelo Sul do Brasil (Sta Catarina e Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo), no Uruguai, Estados Unidos, Bermuda, Canadá, continente europeu e demais terras, até em Macau.
São os nossos embaixadores culturais nesses destinos, apesar de tudo, não escondem a sua matriz e a saudade das ilhas.
Que este ano de 2008 constitua um tempo para nos sentarmos à mesa, através das novas tecnologias, trocarmos experiências e vivências e darmos contributos positivos ao desenvolvimento social e cultural da TERRA-MÃE.
Bom ano para si.