quarta-feira, 27 de abril de 2011

Açores um dos 10 melhores destinos deste Verão




A revista National Geographic Magazine inclui os Açores entre os 10 melhores destinos do próximo Verão de 2011.
A escolha desta insuspeita revista aconselha os seus leitores a efectuarem viagens a 10 locais, situados em zonas que vão deste a Patagónia, Argentina, ao Canadá, Croácia, etc. Segundo a secção Fugas do jornal O Público, a "National Geographic Traveler" colocou os Açores na 8.ª posição, descrevendo-os como um "arquipélago intocado", onde a "remota localização ajudou a limitar o turismo e o desenvolvimento". O destaque vai para os ex-líbris naturais das ilhas açorianas, onde se podem encontrar "verdes montanhas vulcânicas, termas, montes cobertos de hortênsias e vinhas", mas não se esquecem as típicas cidades de casas brancas, os moinhos de vento e as estradas de paralelos.

A National Geographic dá ainda especial destaque a três ilhas - Terceira, Faial e São Miguel, e relembra o cozido das Furnas e a época das festas açorianas, com "numerosas procissões religiosas e eventos culturais".

O texto é ilustrado como uma imagem de banhistas nas piscinas naturais de São Lourenço, Vila do Porto, Santa Maria.

A lista contempla ainda Muskoka Cottage Country (Canadá), Patagónia (Argentina), Cardiff(Reino Unido), Arquipélago de Estocolmo (Suécia), Roatan (Honduras), Ístria (Croácia), Ilhas de San Juan e Mineápolis (ambos nos EUA).

(foto retirada daqui)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma opinião insuspeita

Artigo publicado no jornal SOL on line.

Artigo do New York Times fala em 'pressão injusta e arbitrária' sobre Portugal
13 de Abril, 2011
Portugal foi vítima da «pressão injusta e arbitrária» dos mercados financeiros internacionais, que ameaça Espanha, Itália e Bélgica e outras democracias em todo o mundo, defende o sociólogo norte-americano Robert Fishman.

Em artigo no New York Times de hoje, intitulado «O Resgate Desnecessário de Portugal», Fishman diz que o pedido de ajuda português, depois do irlandês e do grego, «deve ser um aviso a democracias em todo o lado», porque «não é realmente sobre dívida».

«Portugal teve um forte desempenho económico nos anos 1990 e estava a gerir a sua recuperação da recessão global melhor que vários outros países na Europa, mas foi sujeito a uma pressão injusta e arbitrária dos negociadores de obrigações, especuladores e agências de rating », afirma o professor de sociologia da Universidade de Notre-Dame.

Estes agentes dos mercados financeiros conseguiram, por «razões míopes ou ideológicas» levar à demissão de um Governo democraticamente eleito e potencialmente «atar as mãos do que se lhe segue», adianta Fishman, autor de um livro sobre o euro.

«Se forem deixadas desreguladas, estas forças de mercado ameaçam eclipsar a capacidade dos governos democráticos - talvez mesmo dos Estados Unidos - para fazer as suas próprias escolhas sobre impostos e gastos», sublinha Fishman.

O sociólogo estabelece semelhanças entre Portugal e a Grécia e Irlanda, mas ressalva que enquanto estes dois países apresentavam «problemas económicos claros e identificáveis», Portugal «não tinha subjacente uma crise genuína» e foi sim «sujeito a ondas sucessivas de ataques por negociadores de obrigações».

O contágio no mercado e os downgrades de ratings tornaram-se numa «profecia que se realiza a ela mesma», uma vez que as agências «forçaram o país a pedir ajuda elevando os seus custos de financiamento para níveis insustentáveis».

«Distorcendo as percepções de mercado da estabilidade de Portugal, as agências de rating - cujo papel de favorecimento da crise do subprime nos Estados Unidos foi amplamente documentado - minaram quer a sua recuperação económica, quer a liberdade política».

Agora, Portugal enfrenta políticas de austeridade impopulares, que vão afetar empréstimos a estudantes, pensões de reforma, alívio da pobreza e salários da função pública.

Fishman sugere que as descidas de rating e pressão sobre a economia resultaram ou de «ceticismo ideológico em relação ao modelo de economia mista em Portugal», ou de «falta de perspectiva histórica» relativamente a um país onde o nível de vida subiu rapidamente nos últimos 25 anos, tal como a produtividade, enquanto o desemprego desceu.

Embora o optimismo dos anos 1990 tenha resultado em «desequilíbrios económicos resultado de gastos excessivos», Fishman defende o desempenho recente do país pós, e mesmo que a queda do governo é «política normal» e «não incompetência, como alguns críticos de Portugal têm retratado».

O sociólogo levanta também a questão de o BCE não ter comprado obrigações portuguesas de forma «agressiva» para afastar a última onda de «pânico» nos mercados, e a necessidade de regular as agências de rating na Europa e Estados Unidos.

«A revolução portuguesa de 1974 inaugurou uma onda de democratização que varreu o globo. É bem possível que 2011 marque o início duma onda de usurpação da democracia por mercados desregulados, com a Itália, Espanha e Bélgica como próximas vítimas potenciais», afirma.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Outra vez M.Amaral? Não há mais ninguém?

O anuncio, hoje, da candidatura de M.Amaral a cabeça de lista, feito por J.M.Bolieiro, ainda antes de uma decisão oficial do partido, só para ver como é que o PSD e o eleitorado reagem, revela a falta de coragem e de inovação no PSD de Berta Cabral.
Quando Pedro P.Coelho numa decisão arrojada e muito discutível apresenta o zigazagueante cidadão independente Fernando Nobre como cabeça de lista por Lisboa e candidato à Assembleia da República, o PSD-Açores, numa decisão nada surpreendente, mas criticável, apresenta o mesmo seu candidato de todas as eleições parlamentares, ainda antes do 25 de Abril.
Que dirão os novos quadros do PSD-A, que pretendem afirmar-se pela diferença de pensamento e de estratégia política? NADA!
Como poderão eles bolir com o "status quo" instalado há décadas?
Estão quedos e mudos, até que Berta Cabral também caia sem conseguir o que a sua ambição legítima aspirou: chegar a Santana.
Penso que Mota Amaral é um político acabado, embora com passado.
Tal como aconteceu ao seu conterrâneo Jaime Gama, que reconheceu as suas limitações, o seu tempo acabou. Há um tempo para tudo na vida.
Dr. M.A: Tenha a humildade de reconhecer, que como mais antigo parlamentar em funções deve dar lugar a outro, com mais dinamismo, ideias novas e diferentes, e que a política não já não se faz de um proselitismo maniqueísta, de um discurso pseudo-democrático, considerando os adversários os maus da fita, os irresponsáveis, diabólicos e hereges.
A escolha de Mota Amaral, dá a noção de que o PSD-A não se libertou do antigo líder. Continua a usar o velho e cansado cacique para atrair votos, alegando "experiência e credibilidade política" como se ele fosse o impoluto. Mas o eleitorado já não é o mesmo de há 20 anos.
Parafraseando um psiquiatra conhecido: Inventem-se novos deputados!

(Imagem tirada daqui)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Cavaco refém de AJJardim


A nomeação d0 Juiz madeirense Ireneu Barreto para o cargo de Representante da República, ao contrário do que sucedeu com os Açores, denota que O Presidente da República, a tal figura isenta e independente, não o é de facto.
Se o fosse, certamente, teria sido coerente com a escolha de um açoriano para o cargo de RR que os há também com projeção e capacidade reconhecidas.
Em política o que parece é, e esta decisão é a prova que há dois pesos e duas medidas e que o PR é refém da influência de AJJardim, que naturalmente aconselhou Cavaco na sua escolha.
Não sendo fundamental a escolha de uma personalidade natural dos Açores para o exercício de um cargo não eleito e com vida efémera, seria de toda a conveniência que o mesmo critério fosse seguido para a escolha dos RR das duas regiões autónomas.
Assim só nos resta concluir que Cavaco é contra os açorianos que são contra Cavaco e por isso ele não é o Presidente de todos os portugueses. Mais: Cavaco deu provas de um sectarismo que não prenuncia um mandato conciliador e supra-partidário, como ele afirmou, o que é muito grave para o mais alto representante do povo português.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Novo Rep.República é Pedro Catarino (embaixador)


Embaixador Pedro Catarino nomeado representante da República nos Açores.

Cavaco optou por um embaixador que deu provas nas negociações para a transferência de Macau para a China e nas negociações com os EUA.
Nenhuma outra personalidade melhor para iniciarmos contactos preliminares com vista a uma hipotética independência ou, se não chegarmos lá, à criação de um estado federado.
Se ele "tudo o que fez fez bem feito", no dizer de C.César, é caso para acreditarmos que ele saberá entender a açorianidade e tudo o que daí advém expresso na legislação regional e nas pretensões dos açorianos.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Recusamos Marques Mendes e outros que tais...

A notícia/mentira(?) veiculada hoje pelo Diário dos Açores sobre a nomeação do ex-líder social-democrata Marques Mendes para representante da República para os Açores teve o mérito de agitar a opinião pública e os responsáveis políticos para a escolha de uma figura que substituirá o atual representante que já apresentou a sua demissão.
Quem não atribui grande importância à política, poderá ter aceite a nomeação/mentira, sem pestanejar nem comentar.
Pode,no entanto o Presidente da República estar a preparar alguém que seja próximo da sua entourage e do seu grupo de apoiantes, como se representar a república fosse o mesmo que representar o Presidente da República. As escolhas das personalidades convidadas por Cavaco para o conselho de Estado, não deixam adivinhar nada de bom.
Cavaco, tal como no tempo da AD, rodear-se-á de súbditos e apoiantes, colocando-os nos lugares cuja nomeação lhe cabe. Mesmo que o Governo e a Assembleia Legislativa Regional discordem do nome proposto por Belém.
Cavaco é Cavaco e a capa de bonomia e consenso faz lembrar a função conciliadora e moderadora imposta por D.Pedro IV na Carta Constitucional, para agradar à nobreza e ao clero e com laivos de absolutismo.
Não basta dar a palavra ao povo. É preciso respeitá-lo na sua totalidade e não só nas facções maioritárias, resultantes dos atos eleitorais.
Se os responsáveis políticos regionais não se apressarem a colocar a substituição do representante da república na agenda, pode ser que o Cavaquismo chegue aos Açores, por intermédio de mais um serventuário do centralismo, mais interessado em agradar ao inquilino de Belém do que em servir as justas aspirações e desígnios do povo açoriano que ajudou D.Pedro a derrotar o absolutismo miguelista.
Parece que a história se repete.
Oxalá não se chegue a declarar o Grito do Ipiranga, para que Lisboa perceba os direitos das "colónias"...