quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Injectar dinheiros públicos em empresas falidas? Não!

As recentes declarações da Administração da Cofaco Açores que, no entanto, mantém os escritórios centrais em Lisboa (tão açorianos que eles são! Onde será que deixam os seus impostos?) vem confirmar as perturbações sociais de uma crise cujo fim não se adivinha.
Deslocalizar, diariamente, 60 mulheres trabalhadoras de uma fábrica da Horta para a Madalena do Pico, é uma proposta indigna e merece o nosso mais veemente protesto e não aceitamos que o encerramento da fábrica no Faial, justifique a modernização da do Pico, pois o produto laborado é importado.
Não estamos em território contínuo e o mar não é um rio!...
Nos últimos dias tem-se falado da aquisição do capital de várias empresas pela Região. Resta saber em que moldes e durante quanto tempo. É uma forma de controlar um sector para o qual o estado não está nem vocacionado nem preparado.
Antes de se capitalizar empresas com dinheiros públicos, importa investigar sobre a correcção das suas gestões, para que não estejamos todos a encher os bolsos de quem geriu os seus interesses empresariais a seu belo prazer.
O estado não serve para comprar ou encobrir os erros dos empresários, mas para zelar pelos interesses colectivos.
Os erros pagam-se e não é agora em tempo de crise que se deve apagar o mal feito e usurpar do herário público os erros cometidos em tempo de abundância.
Se a indústria da beterraba é importante para a economia micaelense, se há indústrias e empresas viáveis e socialmente indispensáveis, que se dê oportunidade a novos investidores locais ou do exterior, em parcerias ou não, para criarem novas e saudáveis empresas.
As outras, que vão à falência. Sempre assim foi!
Queremos empresas saudáveis. E este é o tempo de varrer a casa de tudo quanto apodrece, porque para novos tempos, novas dinâmicas e novas empresas vocacionadas mais para o bom e social desempenho que para os lucros individuais.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Encerrar + Deslocalizar = DESPEDIR


Quando tudo indicava que as deslocalizações teriam, com a crise, conhecido alguma contenção, eis que a COFACO AÇORES, empresa exclusivamente açoriana, com fábricas na Madalena do Pico, Horta e Rabo de Peixe, São Miguel, pretende encerrar as suas instalações no Faial e deslocar as 60 funcionárias para a Ilha vizinha.
Segundo noticia a RTP-A a empresa comprometeu-se com o sindicato do sector a suportar as despesas de transporte e, em casos de mau tempo, o alojamento na Madalena.
Só uma visão desajustada e contrária aos procedimentos da própria administração que mantém o escritório central em Lisboa na Avenida Miguel Bombarda, à boa maneira colonial, pode propôr uma solução destas.
O que se pretende é o encerramento da fábrica do Pasteleiro e o despedimento das funcionárias que não estarão dispostas a atravessar o canal ,diariamente de manhã e à noite, sobretudo em dias de invernia, para trabalhar atum maioritariamente importado.
Virem estas propostas de uma empresa exclusivamente açoriana, mas com um escritório em Lisboa, é de uma insensibilidade social atroz.
Não me esqueço dos apoios que a COFACO tem recebido da governação regional. Só espero que as autoridades façam valer esse argumento para não permitir desmandos, e não atribuirem mais apoios que, normalmente, não redundam em benefícios sociais.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Segurança parquimétrica de Ponta Delgada

A área urbana de Ponta Delgada, numa superfície que avassala toda a zona residencial e central está a ficar vigiada por parquímetros. Eles são os equipamentos das novas forças de segurança de Ponta Delgada, para taxarem os cidadãos e impedirem-nos de entrar e sair, livremente, da cidade.
Esta a fórmula mais eficaz para continuar a desertificar, rapidamente, Ponta Delgada, mantendo intacto e intocável o centro histórico. Desviar dele os humanos e abandoná-lo às ratazanas e às térmitas é o remédio santo para este projecto.
A fase seguinte, consistirá em transferir as Portas da Cidade, para a rotunda D.Manuel I, junto ao Hospital e colocar quartéis da polícia municipal no Forte de Santa Clara, no Forte de São Roque e no Forte da Praia do Pópulo. A norte, será utilizada a Bateria da Castanheira, dada a sua excelente visibilidade.
Após se completar esta fase de instalação daquelas caixas estética e ambientalmente perfeitas, os assaltantes do costume farão segurança nocturna à cidade, extorquindo os euros que os frequentadores mais conservadores teimam em ali deixar durante o dia.
Ponta Delgada amuralhada é uma campanha em marcha, cujos "benefícios" advirão, rapidamente, para as gerações presentes e futuras.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Cansado, vai voar mais alto!


Cansado saíu da SATA e voltou às origens.
Agora vai para Moçambique, constituir uma empresa semelhante à que criou nos Açores -a Sata Internacional.
Boa Sorte é o que lhe desejamos!
Para os melhores parece não haver lugar entre nós. Às vezes são vozes incómodas cujos valores não se regem por interesses mesquinhos e transitórios.
É pena vê-lo partir, para Moçambique.
Não havia outras funções em que ele serviria a Região?