sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O SOL e a falta de contraditório

Após todo o escarcéu levantado em torno da edição do semanário O SOL, eis que hoje, vem o presidente do Sindicato dos Jornalistas, acusar os jornalistas da peça que tanto brado está a dar neste país, de não terem apresentado O CONTRADITÓRIO.
Ao menos há uma entidade digna que pode ser uma referência aos "jornaleiros" armados em vendedores de produtos tóxicos e de venenos.
Nestes últimos dias, tenho assistido a uma paranóia do diz-se-diz-se que roça a calúnia.
O que estamos a assistir é a uma campanha montada por comentadores e políticos alfacinhas, para desviar a falta de propostas para a saída da crise.
Falta de Liberdade de imprensa? Quem não se lembra do primeiro Governo cavaquiano que a primeira medida que tomou foi ocupar com os seus boys todas as direcções e chefias da comunicação social, na altura, quase toda ela estatizada???

Quem disse na altura que havia falta de liberdade de expressão?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mude

Um dia destes enviaram-me este delicioso poema de que muito gostei. Por isso vou partilhá-lo com os meus leitores.

MUDE
de Edson Marques

Mas comece devagar
porque a direcção é mais importante que a velocidade
Sente-se noutra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente observando
com atenção os lugares por onde passa.
Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.


Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abre e feche gavetas com a mão esquerda.
Durma do outro lado da cama. Depois procure dormir noutras camas.
Assista a outros programas de TV, compre outros jornais, leia outros
livros. Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade.


Durma mais tarde. Durma mais cedo.


Aprenda uma palavra nova por dia, numa outra língua. Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas
cores, novas delícias.
Tente o novo todos os dias, o novo lado, o novo método, o novo sabor,
o novo jeito, o novo prazer, a nova vida. Tente.
Busque novos amigos. Faça novas relações. Almoce em outros locais, vá
a outros restaurantes. Tome outro tipo de bebida, compre pão em outra
padaria.


Tome banho em novos horários, use canetas de outras cores, vá passear
em outros lugares. Ame muito e cada vez mais de modo diferente.
Troque de bolsa, de carteira, de mala, de carro. Compre novos óculos.
Escreva outras poesias. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros,
outros teatros, visite novos museus.


Mude.


Dê uma oportunidade ao inesperado. Abrace as surpresas.
Sonhe só o sonho certo e realize-o todo o dia.
Abra o seu coração.
Se não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Exagere na criatividade e aproveite para fazer uma viagem longa.
Experimente coisas diferentes. Mude de novo.
Você conhecerá coisas melhores e coisas piores.
Mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, a energia, o entusiasmo.
Só o que está morto não muda!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

M.Amaral e J.Ponte prestaram um mau serviço à Região

Após a regionalíssima sessão parlamentar desta manhã no parlamento nacional, em que ficamos?
O PS, num comunicado da sua comissão permanente diz que "A discriminação positiva dos Açores em relação à Madeira é reduzida, nesta revisão da Lei de Finanças, de 97 Milhões de Euros para 44 M€, em 2010.

A revisão proposta ignora a geografia insular e destrói, na prática, um reconhecimento mínimo dos sobrecustos da gestão pública e da economia privada nos Açores em comparação com a Madeira.

O valor do diferencial agora encontrado mal cobre o valor anual das obrigações de serviço público no transporte aéreo inter-ilhas nos Açores, despesa essa que, como se sabe, não se coloca na Madeira. Já nem se fala nos muitos outros sobrecustos açorianos resultantes da existência de nove ilhas em comparação com as duas da Madeira e das respectivas consequências no mercado regional dos Açores e na multiplicação de serviços públicos e de serviços mínimos essenciais."

No meio de tudo isto, onde estiveram Mota Amaral e Joaquim Ponte? Foram calados por Alberto João e pelo seu ponta de lança Guilherme Silva! Nunca se ouviram, nem viram na Assembleia, não estiveram na Comissão de Economia e ninguém os ouviu nem tugir nem mugir.

É caso para dizer: Oh tempora, oh mores!
De deputados açorianos destes, mudos e calados, insensíveis e subservientes, não precisamos!
Nem se dignaram explicar se concordavam ou discordavam e que implicações tem a lei, na sua opinião, para os Açores.
E que diz Berta Cabral?
-Silêncio que se vai cantar o fado....

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Srs Bispos: vinde ver onde trabalham os eurocratas

Bruxelas, 04 fev (Lusa) - O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, integra um grupo de clérigos e leigos que visita Bruxelas de 23 a 25 de fevereiro a convite do eurodeputado Mário David (PSD), estando agendado um encontro com Durão Barroso.

"A delegação é composta por 30 pessoas", disse à Lusa fonte do Parlamento Europeu e inclui bispos de várias dioceses e líderes de organizações ligadas à Igreja Católica em várias áreas.

O convite de Mário David foi enviado à Conferência Episcopal e o programa da visita inclui as instituições europeias.

A delegação assistirá à mini sessão plenária do Parlamento Europeu (PE), em Bruxelas, e reunir-se-á com o presidente do PE, Jerzy Buzek.

A agenda da visita inclui ainda um encontro com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Esta notícia revela a "promiscuidade" entre a Igreja católica e alguns partidos.

A isenção dos Bispos portugueses deveria ser apanágio dos servidores dos ideais cristãos e evangélicos. A troco de um prato de lentilhas e pagos pelos dinheiros do Parlamento Europeu, lá vão alguns bispos "inocentes" visitar Bruxelas e reunir com os Senhores deste mundo, cujos salários constituem uma afronta aos mais pobres.

Que "lata" terão estes defensores da Fé e da mensagem evangélica para criticar o que está mal nesta Europa a 27 que exclui milhões de pessoas?

Alguém imaginaria o Bispo de Roma ir ao Parlamento europeu, a convite de um eurodeputado italiano, juntamente com alguns bispos do Vaticano?

Quem não quer ser lobo, não lhe vista a pele!