"Os deputados à Assembleia Legislativa dos Açores acordaram alterar os cálculos das suas despesas de representação, para poderem auferir um vencimento superior ao actualmente em vigor.(...)
Até agora, os deputados açorianos recebiam um acréscimo de 10, 15, 20 e 25 por cento sobre o seu vencimento base (3.574 euros mensais) para despesas de representação, consoante os cargos que desempenhassem (deputados, secretários da mesa e relatores das comissões parlamentares, vice-presidentes dos grupos parlamentares e presidentes das comissões e, ainda, vice-presidentes da Assembleia e líderes parlamentares).Com a nova redacção do artigo 92º, os abonos para despesas de representação passam a ser calculados com base no vencimento do presidente da Assembleia Legislativa dos Açores (4.815 euros mensais), o que faz aumentar o ordenado no final do mês em mais 130 a 300 euros por deputado.Uma alteração justificada por uma fonte da Comissão de revisão do Estatuto Político Administrativo dos Açores com o facto de os deputados açorianos serem os mais “mal pagos” do país, auferindo menos que os seus colegas da Assembleia Legislativa da Madeira e da Assembleia da República.Segundo a mesma fonte, os deputados açorianos são também os que menos regalias dispõem, em comparação com os parlamentares do resto do país, além de serem também os únicos que “não têm direito a subsídio de refeição”.Apesar de tudo isto, os deputados açorianos propõem, no novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores, um regime de incompatibilidades muito mais exigente do que o que vigora na Madeira e no Continente.
Lusa / AO online" http://www.acorianooriental.sapo.pt/
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Então os deputados açorianos são os mais mal pagos?
Quem lhes paga as chamadas dos telemóveis? Quem lhes fornece os PC portáteis que eles reclamam sejam da última geração, leves e velozes? O herário público e o povo que neles delega a sua acção parlamentar.
Em tempo de contenção, julgo que os ditos representantes deveriam ter tido a sensatez e a prudência para refrearem os anseios de ganharem ainda mais que a grande maioria das pessoas; as de mais parcos recursos limitam-se a receber da região uma compensação mínima que se esfuma no computo dos altos ordenados dos deputados.
2 comentários:
Concordo plenamente contigo. Faço minhas as tuas palavras.
Um abraço.
Os deputados são os únicos trabalhadores que conheço que põem preço ao seu trabalho, aceitam-no e por fim puxam da carteira de todos nós e para se pagarem.
Numa altura em que os funcionários públicos têm os seus aumentos congelados há dois anos, estes senhores aumentam-se bem acima da inflação. O pretexto agora é o novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Os anteriores foram mais pretensiosos, como o seleccionar os mais aptos, mas como deu no que deu, havia que mudar de lema.
Nesta medida corporativista o poder e a oposição estão habitualmente afinados. PS, PSD, PCP e CDS dissolvem-se num proveitoso sim.
Claro que é mais um prego no caixão da credibilidade da Assembleia Regional. E consequentemente mais gasolina para alimentar a já alta taxa de abstenção.
Necessita-se de medidas que reintroduzam a decência na política, tais como: a redução para metade do número de deputados, a duplicação dos vencimentos, a eliminação dos hilariantes subsídios de reintegração e das ociosas reformas antecipadas.
Claro que os boys do aparelho não concordam e já esperam a sua vez na fila do pataca a mim, pataca a ti da Assembleia. Dando razão ao tristemente famoso “Ruim por ruim, vota em mim”.
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