Imagens de vidas em risco

A odisseia de um semi-rígido descarregando géneros de primeira necessidade no porto da Casa no Corvo, demonstra a tenacidade e a coragem dos açorianos de todas as ilhas, nomeadamente dos corvinos.
O primeiro relato pode ser visto aqui e prova que em horas difíceis, corremos todos os riscos.
No segundo relato, podemos ouvir comentários sensatos de quem julga que não há necessidade de tantos riscos, quando a vida das pessoas está em perigo e esteve! como se pode observar pela excelente reportagem inserida hoje no Putas e vinho de cheiro que não me canso de divulgar pelo excelente trabalho.
Um feliz ano para os corvinos!

Mau tempo no Corvo

Fiquei surpreendido com as derrocadas e inundações na pequena Ilha do Corvo, pois não vi nenhuma notícia nos MCS de "grande tiragem" os tais que se intitulam de Açorianos.
As fotos publicadas ontem aqui demonstram a dimensão das chuvas e os seus efeitos naquela pequena ilha.
Como é possível que os corvinos se sintam integrados num arquipélago que só liga aos acontecimentos das ilhas maiores?
Se tal tivesse acontecido em São Miguel, na Terceira ou no Faial, de imediato teria havido um directo para as rádios e TV regional, badalando aos quatro ventos os efeitos do temporal e os protestos das populações atingidas.
No Corvo, ribeiras e estradas ficaram assim e, que eu saiba ou tenha lido - e considero-me uma pessoa informada - NINGUÉM DISSE NADA!
Da minha parte aqui fica uma ressonância do putas & vinho de cheiro que não pretendendo ser um blog informativo, produziu informação de grande qualidade e isenção. Um exemplo a seguir pelos "profissionais" dos MCS de cobertura regional e que não passam de porta-vozes das ilhas onde estão INSTALADOS.

O Lixo de uma abundância efémera

Do Natal ficaram as marcas da abundância de muitos e da carência de tantos outros.

Os contentores do lixo foram insuficientes para conter os detritos de uma abundância tão efémera que não dura mais que 24 horas.

Tanto esbanjar, tanto gastar, tanto arrotar como se vivêssemos num estado de riqueza!
Esta vai ser a noite de recolher todos os lixos: os dos pobres que se consomem em equiparar aos que mais têm; os dos ricos que açambarcam o que de melhor e mais caro se produz, para amanhã pôr de lado, porque já não se usa.
Quando a humanidade passa pela maior crise social e económica da sua história recente, transformamos as nossas ilusões na abundância de lixo que levará centenas de anos a desgastar.
Se a felicidade se construísse no ter, os opulentos seriam os verdadeiros reis deste mundo.
Mas não são!
Está provado que os que têm mais geram nos que menos têm :fome, desigualdades, injustiças... e uma guerra surda que, de quando em vez, se houve no soar dos canhões.
O lixo de muitos, é a fome de muitos outros.
E tudo por causa do Natal!...
Quem havia de dizer?...

Falta de solidariedade dos açorianos, na tragédia da Agualva

Mais uma vez os açorianos da Terceira foram abalados por uma tragédia.
A Agualva, a norte da Ilha, sofreu os efeitos de uma devastadora enxurrada que não ceifou vidas humanas porque deus não foi servido.
Um dia depois da catástrofe que bateu à porta de muitas famílias terceirenses, que ficaram privadas de casa, de carro e de muitos dos seus bens, parece que nada se passou nos Açores.
As imagens chocaram-nos, mas não passou disso!
A solidariedade que mobiliza os cidadãos conscientes da força dos elementos e da fragilidade humana e terrena, parece não ter acontecido. Talvez porque à nossa porta bate também a pobreza envergonhada, talvez porque só quando as coisas acontecem ao vizinho é que pomos as barbas de molho, talvez porque não somos verdadeiramente POVO AÇORIANO e porque cada uma das ilhas é uma realidade autónoma!...
Mas, atenção! Oxalá não tenhamos de pedir, por amor de Deus! que nos ajudem em circunstâncias semelhantes!...

Empresas que mudam de mãos

Disseram-me que o grupo Marques já não é proprietári0 da cadeia de supermercados Solmar.
A empresa de distribuição com superfícies comerciais em Ponta Delgada (3 lojas), Arrifes, Ribeira Grande e Vila Franca e na Madalena do Pico, tinha sido adquirida pelo grupo do Eng José Brás, há muito ligado à fabricação de massas alimentícias, agro-pecuária, aviários e produção de rações, etc.
E é também verdade que o Hotel do Casino (em construção), o centro comercial anexo e o Hotel das Termas SPA nas Furnas vão também mudar de dono?
É o que se diz à boca cheia, que aqui transcrevo com algumas reservas.
Talvez nos próximos dias se saiba mais alguma, mas o boato corre e não há fumo sem fogo.