O Presidente da República manifestou hoje na ALRA a sua velha costela centralista. Após reconhecer que cabe aos deputados regionais e à Assembleia da República ditarem as regras das Autonomias, afirmou que estas não precisam de mais competências, antes de pôr em prática políticas e competências já consagradas. ( Não tirem mais poderes ao representantes da república para ele exercer as suas competências...)
C.Silva foi mesmo ao ponto de propôr o aprofundamento do relacionamento entre as autonomias e o Estado. De cá para lá, pois no sentido inverso há uma compreensão absoluta do auto-governo...quem nos dera!!!
Não houve, portanto evolução no pensamento cavaquista, pese embora as referências a Antero, Natália, Nemésio...que só serviram para revelar que ele também conhece os ícons literários que qualquer português conhece...
Cavaco veio ver e realçar o que está feito, mas a sua preocupação foi, sobretudo, afirmar a unidade do estado e a sua magistratura, sinal de que no seu sub-consciente a unidade nacional pode estar em perigo. Não referiu ele que as autonomias nunca tiveram qualquer conflito grave com o Estado? Por que o terá referido se o problema não se coloca? receio do separatismo?
Cavaco, Presidente da República, pretendeu afirmar nos Açores, perante o país, que cumpre os seus propósitos, pensando já na sua reeleição. O resto, a compreensão da insularidade, da ultraperiferia, da dificuldade de meios humanos e materiais para realizar a justiça e a igualdade entre TODOS OS PORTUGUESES, nomeadamente os PORTUGUESES DOS AÇORES, isso não compreende o Presidente, porque não vive.
Cavaco é palaciano, desloca-se, pontualmente, do palácio de Belém ao país real, mas este não sente que ele percebe como vive o povo.
Quem é que disse durante a visita: "podeis provar a aguardente do Pico pois temos conosco uma equipa do INEM?"
Este é um Presidente distante, bem resguardado, protegido do contacto e do contágio das dificuldades do dia-a-dia... um Presidente esfíngie, cujo coração só se comove na palavra dos discursos.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
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1 comentário:
Até fecham as ruas de PDL ao trânsito para o senhor passear a sua comitiva!...Istoé que é proximidade com o povo! Como se as ruas citadinas fossem um turbilhão de gente...
Democracia esta que faz com que os por nós eleitos, temam encontrar-se cara-a-cara e apertar a mão aos eleitores...
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