quarta-feira, 3 de outubro de 2007

César e Jardim entendem-se nas críticas ao Governo da República

"Presidente açoriano acusa Governo de descurar o país devido à presidência da UE
03.10.2007 - 09h02 PUBLICO.PT
Carlos César referiu-se especificamente à falta de atenção às regiões autónomas
O Governo da república estará demasiado ocupado com a presidência da UE e a descurar a governação do país, na opinião do presidente do Governo Regional dos Açores, o socialista Carlos César.
O presidente do executivo açoriano, citado pela rádio TSF, considera ainda que o país está a ser governado por um subsistema de ministros sem peso político e de directores-gerais que não representam necessariamente a linha política do Governo nacional, nomeadamente no que respeita às regiões autónomas dos Açores e da Madeira.Carlos César fez estas afirmações ontem à noite no Funchal, onde se encontra para participar na XIII Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas da União Europeia. E justificou-as com o forte envolvimento do primeiro-ministro, José Sócrates, e dos seus principais ministros na presidência portuguesa da UE, que se iniciou em Julho e vai até ao fim de Dezembro.Na ocasião, César estava reunido com o presidente da Região Autónoma da Madeira, Alberto João Jardim, que disse que as duas reigiões estão agora em união de facto. "Foi um namoro de doze anos, doze anos a namorar, a mandar pérolas um ao outro", disse Jardim. "E agora passou-se, não propriamente a um casamento, [mas a uma] união de facto política", rematou o presidente açoriano.
Porta-voz do PS não concorda
O deputado do PS Vitalino Canas, porta-voz do partido, disse por seu lado à TSF que de facto este “é um momento com uma agenda muito exigente” para o Governo nos planos externo e interno, mas considera que a governação do país não tem sido descurada.Lembrou algumas reformas recentes no país e considerou que não há razões para pensar que o Governo não esteja a cumprir a sua missão em qualquer destas duas frentes.Vitalino Canas ressalvou também que não sabia se Carlos César se estaria a referir a algum aspecto concreto que tivesse detectado."
(jornal Público.online.pt)

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