terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Que pretendem os bancos? Que coloquemos a pequena poupança sob o colchão?

"Eles comem tudo e não deixam nada... (Saudades do Marcelismo)

Caixa Geral de Depósitos-Os Vampiros do Século XXI ou o Socialismo Moderno
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores principescamente pagos daquela instituição bancária. A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços, incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas contas à ordem. As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de contas, o estimado/a cliente é confrontado com a informação de que, para continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção, terá de ter em cada trimestre um saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à respectiva conta. Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio diário de EUR 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma. Como se compreende, casos como este e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar despesas de manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria. Uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos. É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade. Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa. Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso. Medita e divulga. . .
Mas divulga mesmo por favor Cidadania é fazê-lo, é demonstrar esta pouca vergonha que nos atira para a miserabilidade social.
Este tipo de comentário não aparece nos jornais, tv's e rádios....Porque será??? "
PS: o texto foi-me enviado por e-mail e desconheço o seu autor.
Acrescento apenas que este procedimento já há muito foi adoptado pela banca privada, mas uma instituição de crédito pública deve acautelar a pequena poupança.

1 comentário:

Anónimo disse...

Segundo fui informado e, em abono da verdade, os reformados e pensionistas que recebam através da CGD a sua reforma ou pensão, e os jovens que tenham conta/jovem aberta, ou outras pessoas que recebam o seu vencimwento ou tenham contas a prazo naquela instituição estão isentos da taxa. Parece-me lógico que quem recebe o vencimento por outro banco pretenda ter uma pequena conta na CGD sem lhe dar uso.
Fica assim reposta a verdade.