sexta-feira, 26 de junho de 2009

Uma maioria, um governo, um Presidente?


Cavaco Silva irá marcar eleições legislativas, coincidentes com as autárquicas, como pretendia o PSD?
Cavaco não é militante, mas é simpatizante da sua antiga Ministra mas pretende que ela chegue a São Bento para poder continuar, em Belém, a exercer o poder.
Ontem, pediu transparência à PT na compra da MEDIA CAPITAL. Hoje, Sócrates disse que o Governo está contra o negócio. Ontem Cavaco lamentou a desistência de Jorge Miranda, considerando ser mau para a democracia. Hoje, PS e PSD apresentam Alfredo de Sousa e todos os partidos aplaudem.
Nos próximos tempos, Cavaco marcará a agenda política, sobretudo quando o governo estiver em gestão.
Favorecerá assim, quaisquer gaffes de MFL que, já afirmou, ir romper com todos os compromissos sociais e financeiros do actual governo.
Nos Açores, CCésar tem razões para estar preocupado. Uma vitória de MFL e de Berta Cabral constitui um revés grave que o atormentará durante a presente legislatura e o afastará de novo mandato.
Se é certo que as eleições legislativas pouco pesam no eleitorado açoriano, pois os Açores tem o seu auto-governo, o efeito PSD nos Açores pode estragar as espectativas de o PS conseguir o maior número de Câmaras.
Cavaco constitui, por isso, uma ameaça descarada à esquerda - toda ela! - e à autonomia açoriana.
Oxalá os açorianos compreendam que a velha máxima: uma maioria, um governo e um Presidente é um objectivo latente que não augura nada de bom. Será que o eleitorado percebe a diferença?
(imagem retirada daqui)

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