quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

(RE)VIVÊNCIAS DO NATAL

O poeta João-Luis de Medeiros, que recentemente publicou o livro: (RE)VERSO DA PALAVRA, enviou-me este texto delicioso, da sua e nossa memória. Com os meus agradecimentos, publico o texto na integra:


Memorandum
João-Luis de Medeiros
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A SAGRADA SIMPLICIDADE DA INOCÊNCIA
A memória humana é uma espécie de “diário de bordo” da nossa existência. Ao longo da vida, vamos ficando cativos da sensação de que o tempo é companheiro que veio do longe e que se deleita na planície do presente, sem sequer descalçar as sandálias do passado...
Quando há dias observava o irrequietismo da petizada, numa dessas gigantescas lojas populares onde a ilusão chinesa do preço barato faz parte do milagre pré-fabricado para o natal ocidental, senti um arrepio de saudade da famosa “noite-das-montras”, em Ponta Delgada. Para as famílias pobres, como era o nosso caso, aquela era considerada a noite das “dores de carteira”. Para as crianças do meu tempo, aquela era a noite mágica: o imparável acesso da pequenada até ao beiral das vitrinas, ilustrava o ritual da inocência atarefada na sua espontaneidade democrática. Depois, é que a realidade nos ia ensinando que afinal o “santaclôse” não era o simpático bonacheirão da igualdade distribuitiva que a imaginação sonhava. Mas isso já é estória antiga que continua a ensombrar a realidade do quotidiano...
Até meados dos anos 50 do século passado (estou a limitar a minha referência à ambiência campestre da periferia de Ponta Delgada) os nossos presépios ainda apresentavam sinais da autenticidade emocional recebida da herança franciscana: simplicidade, glorificação da pobreza material, centralidade temática na cena da sagrada familia – tudo isso envolvido pela meiga proximidade do burrito e da vaquinha, sem esquecer o exemplo de humildade iluminada praticada pelos reis-magos...
Naquele tempo, a maioria das casas rurais não disponha ainda de luz eléctrica nem de água canalizada; nem a privacidade familiar disponha de ferramentas sofisticadas de auto-defesa. A alegria popular não pedia licença para entrar nos lares, onde a pobreza era perfumada pelos galhos de eucalipto. Naquele tempo, a alegria natalícia irradiava claridades: era como uma lanterna mágica que contrariava o sombreado da pobreza rural.
Na verdade, o dinheiro não dava para adquirir superfluidades. Mas as “serrilhas” poupadas durante o ano davam para renovar parte da nossa colecção de bonecos de Vila Franca do Campo. Por outro lado, os aromas, as cores, o traçado ladeirento dos acessos ao presépio tinham de prever o efeito visual da ditadura da sombra resultante dos improvisados candeeiros de petróleo que, mesmo assim, emprestavam realce à policromia oferecida pelas velas de cera.
Ora como lá em casa eu era o mais velho dos irmãos, a partir dos dez anos fiquei responsável pela preparação dos materiais e consequente feitura do nosso presépio: colorir a serradura, e seleccionar os bonecos; arranjar musgo fresco e resistente; escolher as verduras e os pedregulhos vermelhos para montar a cena da natividade; desenhar e recortar a estrela do oriente... sempre de “olho aberto” ao nosso cachorro - “colarinho” - para não escangalhar o presépio com a súbita excitação aromática e visual do cenário...
Ah! Já me lembro: na nossa casa, não havia um claro consenso àcerca do perfil natalício da “árvore de natal”. A questão não era tanto a árvore em si, mas talvez a “despesona” exigida pela sua vocação essencialmente ornamental. Além disso, havia a discutível percepção de que a presença imperial duma árvore de natal contribuia para a marginalização do presépio...
Naquela noite grande, o meu presépio era “o melhor” do meu mundo... Tudo ali fora preparado para enaltecer a humildade da natividade centrada na sagrada família. O resto era trabalho para a imaginação: as ruelas com peregrinos, os ranchos folclóricos, as ovelhinhas indiferentes ao reboliço dos pastores que iam ao encontro da “boa-nova”, enfim, tudo aquilo parecia caminhar na mesma direcção da caravana dos reis magos...
O Menêne mija? O Menêne mija! – era o slogan mais ouvido naqueles dias. Não admira que quando chegava à hora da “missa do galo”, a maioria do pessoal já sentia os “calores” oferecidos pelos licoristas da alegria. E até o prior da freguesia, transportando o menino nas meigas palhinhas, fazia esforço para verbalizar junto dos fiéis: “beija, beija, beija... o menino.” E todos aguardavam a sua vez para tocar os lábios naquele lindo bonequinho, o nosso Menino Jesus que nascera em Belém...
Parece que ainda oiço gente a entoar melodias que fazem parte do nosso patrimonio emocional: gentes da nossa gente que há meio século, sob o relento da invernia, traziam a voz rouca mas o espírito perfumado pela alegria esperançada do natal cristão:
“alegrem-se os céus e a terra / cantemos com alegria /
já nasceu o deus-menino / filho da virgem maria...”
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Rancho Mirage, California
Dezembro, 2007

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

César dá o lugar a César

Com a devida vénia se transcreve a notícia publicada hoje no Açoriano Oriental.


"César anuncia recandidatura na Terceira em Janeiro
Regional 2007-12-12 07:00
O presidente do Partido Socialista (PS) nos Açores, Carlos César, escolheu a ilha Terceira para anunciar, no início de Janeiro, a sua recandidatura à liderança do partido e a um quarto mandato de quatro anos como Presidente do Governo Regional dos Açores.
O “AO Online” sabe que Carlos César já teve reuniões nos Açores para preparar o anúncio da
sua recandidatura e terá sobre esse assunto uma reunião “decisiva” em Lisboa com o líder do PS nacional e Primeiro-Ministro, José Sócrates, ainda antes do Natal. César deixa assim para os últimos dias antes da data limite de 15 de Janeiro (a da apresentação de candidaturas às primeiras directas do PS nos Açores) a quebra do “tabu” da sua recandidatura, embora no seio do Partido Socialista açoriano ela fosse considerada um dado adquirido. Por várias vezes durante os últimos meses, Carlos César avançou em actos públicos com promessas de governação para os próximos quatro anos e chegou mesmo a anunciar, à saída do último secretariado regional do PS, em Ponta Delgada, uma “intensa” remodelação no Governo Regional, com a entrada de muitas caras novas, caso voltasse a ganhar as eleições. No entanto, César recusou sempre em todas as ocasiões assumir-se frontalmente como recandidato a um quarto mandato como presidente do Governo, gerindo a expectativa do anúncio da sua recandidatura até saber em concreto quais seriam os seus opositores nas eleições regionais de 2008, nomeadamente o recentemente reconfirmando líder do PSD-Açores, Costa Neves, de quem César chegou a ironizar - aquando da queixa sobre apelo ao voto no “sim” ao aborto através do site do Governo - ao dizer que nem com ele na prisão, Costa Neves conseguiria vencê-lo. Para se recanditar a um quarto mandato como Presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César aproveita uma excepção prevista na revisão do Estatuto Político-Administrativo dos Açores, que fixa em três o limite de mandatos do Presidente do Governo, embora permita um quarto mandato a quem já cumpra, na altura da sua revisão, um terceiro mandato. Recorde-se que o PS realiza as suas primeiras eleições directas nos Açores no dia 15 de Fevereiro, estando o seu XIII Congresso marcado para 18, 19 e 20 de Abril, na ilha de São Miguel. A recandidatar-se, Carlos César não deverá ter oposição interna nas directas de 15 de Fevereiro.fdgf
Rui Cabral" www.acorianooriental.pt

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

30 medidas para memória futura


O Presidente do Governo na Assembleia Regional anunciou as seguintes medidas:
"No âmbito da consolidação dos poderes autonómicos, e na sequência de negociações bem sucedidas com o Governo da República, a região vai assumir o Serviço de Cadastro do Instituto Geográfico Português e vai passar a poder estabelecer as regras de concessão dos apoios, recolher as candidaturas, proceder à sua análise formal e de mérito, aprovar e contratar projectos, fazer a validação das despesas e fazer os pagamentos das ajudas comunitárias canalizadas pelo IFAP, tornando-os mais céleres.Ainda no sector agrícola, será criado um novo quadro de incentivos financeiros aos produtores que queiram apresentar projectos de redimensionamento ou emparcelamento das suas explorações; será dada prioridade ao alargamento dos perímetros de ordenamento; avançará a instalação do projecto Rede Meteorológica Automática; e será implementado o apoio em 90% do custo de transporte de uma lista de produtos de origem regional das chamadas “ilhas da coesão” para as outras ilhas e o apoio em 75% no custo do transporte de flores, plantas ornamentais e de alguns frutos para o exterior.No transporte aéreo de passageiros serão criadas tarifas vocacionadas para emigrantes dos Estados Unidos da América e do Canadá, que também incluirão, para os passageiros originários desses destinos, um desconto de 50% no excesso de bagagem nas ligações internas regionais; e arrancará em 2008 o Programa de Turismo Sénior, em colaboração com o INATEL, financiando mil pacotes turísticos, a apenas 25 euros, de uma semana durante todo o ano, o que proporcionará aos idosos oportunidades de turismo interno de qualidade e de segurança e uma animação especial do mercado hoteleiro nas ilhas mais pequenas.Nos sectores sociais, destaque para a Rede Regional de Cuidados Continuados, que se assumirá como um conjunto integrado de iniciativas de cuidados de saúde e de apoio social; para a adaptação de um programa espanhol – o Programa TU DECIDES – de prevenção do consumo de drogas; e para a formação de um Centro de Apoio às Famílias na área das toxicodependências.Ainda tendo em especial atenção a juventude, está determinado o aumento de duração do Programa Estagiar para licenciados – nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Faial, Pico, Flores e Corvo – dos actuais seis meses para dois anos e o acesso a esse programa por um número de jovens até ao triplo do actual.Na área da saúde, e na sequência do programa de eliminação das listas espera no Hospital de Ponta Delgada, o Governo irá celebrar uma convenção com o Hospital da Horta, para resolver, até ao fim do primeiro semestre de 2008, a totalidade da lista de espera em imagiologia, permitindo efectuar 300 TAC’s, 800 ecografias e 800 mamografias.Outras medidas anunciadas relacionam-se, por exemplo, com o salário mínimo regional, que Carlos César pretende fixar em 500 euros, pelo menos em Janeiro de 2010; com reduções das taxas de IRS com impacto nos escalões de rendimentos mais baixos; com a concessão de apoios complementares aos jovens açorianos que frequentem o ensino superior e cursos profissionais pós-secundários; com a diversificação do capital da SATA e de outras empresas do sector público; com a criação de uma sociedade gestora de participações sociais; e com a instalação do “sistema de alerta de cheias”.(Gacs)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A postura dos líderes políticos

O PSD acaba de realizar mais um congresso, uma vez mais sob a liderança reforçada de Costa Neves. O lider social-democrata, que nas primárias não conseguiu desfeitear Natalino Viveiros na Ilha de São Miguel, apresentou uma lista única para os orgãos regionais do partido que obteve a larga maioria dos congressistas.
Para além dos apelos aos militantes de que agora é que vai ser, porque o governo está esgotado e temos um projecto diferente para o desenvolvimento dos Açores, nada mais passou para a opinião pública digno de realce.
Mesmo assim, o PSD que há mais de uma década se encontra fora da cadeira do poder, vai tocar a reunir para conquistar as cadeiras do poder, perdidas após a saída de Mota Amaral. Está, portanto a criar um novo elan que se traduz num discurso populista e por vezes extremista do seu lider terceirense. Resta saber se com este impetuoso toque a rebate, as hostes tradicionalmente social-democratas se vão congregar em torno de um lider, que não conseguiu fazer-se ouvir nem no Parlamento Nacional, nem na Câmara Municipal de Angra. Por isso, de tempos a tempos, ei-lo na comunicação social para criticar, com veemência, o óbvio mas sem apresentar alternativas mobilizadoras e inovadoras.
C.César já em campanha para as próximas regionais, tem vantagem pela obra feita. Começa, no entanto, a indiciar falta de frescura e de novas ideias para o desenvolvimento das Ilhas, a par de um distanciamento das pessoas e dos militantes do seu partido.
Governar bem e responder às necessidades das populações deve gerar empatia, o envolvimento e participação dos cidadãos no processo de desenvolvimento. De contrário, o alheamento popular atinge os próprios fundamentos de uma democracia participada e dinâmica.
Quase em fim de legislatura, este deve ser um motivo de reflexão atenta tanto para C.Neves como para C.César.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Com amigos destes...

O amigo americano considerou que o estado norte-americano não deveria esbanjar dinheiro no apoio ao ensino da língua portuguesa.
Já não é a primeira vez que Bush dá o dito por não dito, como comprova a carta que a PALCO lhe enviou a protestar pela atitude presidencial.
É caso para dizer que com amigos destes...

Leia a notícia publicada pela agência Lusa:

EUA: Declarações de Bush sobre ensino do português são "muito ofensivas" - Associação
27 de Novembro de 2007, 17:07
Lisboa, 27 Nov (Lusa) - O Conselho de Liderança Luso-Americano nos Estados Unidos (PALCUS) considera "muito ofensiva" a posição do Presidente norte-americano, George W. Bush, ao considerar o ensino do português um "projecto esbanjador".
No passado dia 13 de Novembro, o Presidente norte-americano vetou uma proposta de financiamento de programas de educação, onde se incluía o ensino do português como segunda língua, classificando-os como "projectos esbanjadores".
"O Congresso deve aos contribuintes esforços melhores", disse Bush na altura.
Numa carta enviada a George W. Bush, o PALCUS afirma que "o ataque ao ensino do português como uma segunda língua foi uma surpresa", tendo em conta que o presidente norte-americano havia defendido, em Janeiro de 2006, "a necessidade de melhorar o ensino das línguas estrangeiras".
O conselho recordou ainda que o Departamento de Estado norte-americano defendeu, em Maio passado, que os Estados Unidos ficariam bem servidos com uma força de profissionais bilingues, uma vez que há mais de 200 milhões de falantes de português nos cinco continentes.
"Além disso, Portugal sempre foi considerado um consistente amigo e aliado dos Estados Unidos. Portugal foi o primeiro país a reconhecer a independência dos Estados Unidos, foi aliado na guerra contra o Iraque e acolhe a força aérea norte-americana na base das Lajes, nos Açores", lê-se na missiva.
Sublinhando que houve uma "grosseira má interpretação" da proposta para o financiamento de programas de educação, onde se incluía o ensino do português como segunda língua, o PALCUS lembra que a língua portuguesa foi considerada pelo Secretário da Educação como "uma língua crítica para a segurança nacional dos Estados Unidos".
"Foi também identificada como uma das línguas menos promovidas e ensinadas nas escolas secundárias e nas universidades", afirma o conselho.
Para o PALCUS, o veto do Presidente norte-americano é um "insulto" para cada luso-americano que contribuiu imensamente para a formação e crescimento dos Estados Unidos".
"Os luso-americanos são trabalhadores, auto-suficientes e cidadãos bem integrados nesta grande nação. Além disso, a República de Portugal merece mais respeito do presidente dos Estados Unidos", defende.
O Conselho de Liderança Luso-Americano nos Estados Unidos (PALCUS) afirma que representa mais de um milhão de luso-americanos nos Estados Unidos.
MCL.
Lusa/fim

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

3 dos 12 lugares mais bonitos de Portugal estão nos Açores

Uma vez mais os Açores, agora numa revista de grande expansão nacional. 90 Mil exemplares projectam e promovem algumas das nove ilhas. O Poço da lagoinha, na Ilha das Flores, faz as belezas da capa da revista Sábado, num percurso pelos 12 lugares mais bonitos de Portugal para passar férias de Outono.
As fotos são de António Sá, um fotógrafo com um grande currículo dentro e fora do país, nomeadamente na Ntional Geografic. Juntamente com Cláudia Faria, A. Sá destaca também o planalto central do Pico, segundo o qual tem a melhor vista da montanha. Aconselha depois um passeio pelo caminho dos burros num percurso de 24 km entre a Ribeira do Meio - Lajes e a Baía de Canas e recomenda o hotel Pocinho Bay. Para as refeições o Anciradiouro na Areia Larga. O terceiro local a visitar no Outono dos 12 mais bonitos de Portugal é o Algar do Carvão na Terceira, com pernoita na Quinta de Nossa Senhora das Mercês e respasto na Casa do Peixe.
Nada mau para uma região que agora começa a dar os primeiros passos na actividade turística. Nada de cidades, de grandes hotéis, de roteiros tradicionais.
Somos bonitos e bons porque somos diferentes e conservamos a natureza intacta!!!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Deputados regionais aumentam suas despesas de representação

"Os deputados à Assembleia Legislativa dos Açores acordaram alterar os cálculos das suas despesas de representação, para poderem auferir um vencimento superior ao actualmente em vigor.(...)
Até agora, os deputados açorianos recebiam um acréscimo de 10, 15, 20 e 25 por cento sobre o seu vencimento base (3.574 euros mensais) para despesas de representação, consoante os cargos que desempenhassem (deputados, secretários da mesa e relatores das comissões parlamentares, vice-presidentes dos grupos parlamentares e presidentes das comissões e, ainda, vice-presidentes da Assembleia e líderes parlamentares).Com a nova redacção do artigo 92º, os abonos para despesas de representação passam a ser calculados com base no vencimento do presidente da Assembleia Legislativa dos Açores (4.815 euros mensais), o que faz aumentar o ordenado no final do mês em mais 130 a 300 euros por deputado.Uma alteração justificada por uma fonte da Comissão de revisão do Estatuto Político Administrativo dos Açores com o facto de os deputados açorianos serem os mais “mal pagos” do país, auferindo menos que os seus colegas da Assembleia Legislativa da Madeira e da Assembleia da República.Segundo a mesma fonte, os deputados açorianos são também os que menos regalias dispõem, em comparação com os parlamentares do resto do país, além de serem também os únicos que “não têm direito a subsídio de refeição”.Apesar de tudo isto, os deputados açorianos propõem, no novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores, um regime de incompatibilidades muito mais exigente do que o que vigora na Madeira e no Continente.
Lusa / AO online" http://www.acorianooriental.sapo.pt/
Então os deputados açorianos são os mais mal pagos?
Quem lhes paga as chamadas dos telemóveis? Quem lhes fornece os PC portáteis que eles reclamam sejam da última geração, leves e velozes? O herário público e o povo que neles delega a sua acção parlamentar.
Em tempo de contenção, julgo que os ditos representantes deveriam ter tido a sensatez e a prudência para refrearem os anseios de ganharem ainda mais que a grande maioria das pessoas; as de mais parcos recursos limitam-se a receber da região uma compensação mínima que se esfuma no computo dos altos ordenados dos deputados.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Açores:Segundas ilhas melhores do mundo

in: www.nacionalgeographic.com

Tiny Kallur lighthouse rests high on the island of Kalsoy, one of the Faroe Islands.
The world's most appealing destinations—islands—are the ones most prone to tourism overkill. Our 522 experts vote on which ones avoid the danger, which are succumbing to it, and which hang in the balance.
ourism is a phenomenon that can cook your food or burn your house down. In other words, we all risk destroying the very places that we love the most. Nowhere more so than on islands. Islands symbolize vacation. Escape! Their very insularity makes them more attractive than a comparable piece of real estate on the mainland. They are worlds unto themselves—their own traditions, ecosystems, cultures, landscapes. That's what attracts us. But as micro-worlds, islands are also more vulnerable to population pressure, climate change, storm damage, invasive species, and now, tourism overkill.To see how the integrity of islands around the world is holding up, Traveler and our National Geographic Center for Sustainable Destinations conducted this fourth annual Destination Scorecard survey, aided by George Washington University. A panel of 522 experts in sustainable tourism and destination stewardship donated time to review conditions in these 111 selected islands and archipelagos. The scores that follow reflect the experts' opinions. Quoted phrases from their remarks suggest the thinking behind the scores. The results show that beach-blessed islands draw sun-and-sand resort tourism development that can get out of hand quickly, although there are exceptions. Multiple cruise-ship crowds can also overwhelm an island, transforming it. No surprise, then, that cloudy, beach-poor islands score well. Yet even these cooler islands are sometimes losing traditional families to soaring real estate prices.All the islands that follow, even the lowest scoring, have great experiences to discover. To protect them, to restore them, we must value them as much as resort developers and cruise companies do. Even more.Guide to the Scores:0-25: Catastrophic: all criteria very negative, outlook grim.26-49: In serious trouble.50-65: In moderate trouble: all criteria medium-negative or a mix of negatives and positives.66-85: Minor difficulties.86-95: Authentic, unspoiled, and likely to remain so.96-100: Enhanced. Meet our Panelists About the Survey Click on a part of the world below to read a sample of our panelists' comments.AfricaCaribbean RegionEast & Southeast AsiaIndian Ocean RegionMediterraneanNorth & West EuropeNorth AmericaPacific/Australia/NZSouth America
The list, by score87 Faroe Islands, Denmark84 Azores, Portugal82 Lofoten, Norway82 Shetland Islands, Scotland82 Chiloé, Chile81 Isle of Skye, Scotland80 Kangaroo Island, South Australia80 Mackinac Island, Michigan80 Iceland79 Molokai, Hawaii78 Aran Islands, Ireland78 Texel, Netherlands77 Dominica77 Grenadines76 Tasmania76 Bora Bora, French Polynesia76 Fraser Island, Australia76 Bornholm, Denmark76 Hydra (Ídra), Greece76 Falkland Islands (U.K.)75 Corsica, France75 Cape Breton Island, Nova Scotia74 Vanuatu, Melanesia74 Santa Catalina Island, California73 Upolu and Savai'i, Samoa73 Isle of Man (U.K.)72 Palawan, Philippines72 Moorea, French Polynesia72 Block Island, Rhode Island71 Ilha Grande, Brazil71 Sardinia, Italy71 Hvar, Croatia71 Jersey and Guernsey (U.K.)70 San Juan Islands, Washington State70 St. John, U.S. Virgin Islands70 Seychelles70 Anguilla (U.K.)70 Nevis69 Palau, Micronesia69 Cook Islands69 Prince Edward Island, Canada69 Salt Spring Island, Gulf Islands, British Columbia69 Mount Desert Island, Maine69 Réunion (France)68 Bonaire68 Sicily, Italy68 St. Vincent68 Yasawa group, Fiji67 Pemba, Tanzania67 Hawaii (Big Island)66 Out Islands, Bahamas66 Bermuda, North Atlantic66 Tobago66 São Tomé and Príncipe65 Cyprus, Turkish side65 Bazaruto Archipelago, Mozambique65 Martha's Vineyard, Massachusetts64 Solomon Islands64 Jeju/Cheju, South Korea64 Ocracoke, Outer Banks, North Carolina64 Kauai, Hawaii64 St. Lucia63 Nantucket, Massachusetts62 Martinique (France)62 Corfu, Greece62 Crete, Greece62 Lombok, Indonesia62 Barbados61 Tonga, Polynesia61 Madeira Islands, Portugal61 Tortola, British Virgin Islands61 Islands of Lake Titicaca, Peru/Bolivia61 Sanibel, Florida61 Santorini, Greece61 Maldives (except Malé)59 Grenada59 Capri, Italy59 Tahiti, French Polynesia59 St. Kitts58 Viti Levu, Fiji57 Maui, Hawaii57 Bali, Indonesia57 Cape Verde Islands57 Curaçao 55 Isla Mujeres, Mexico55 Malta (all islands)55 Guadeloupe55 Mauritius54 Mykonos, Greece54 Federated States of Micronesia54 Mallorca, Spain53 St. Croix, U.S. Virgin Islands53 Zanzibar, Tanzania52 Canary Islands, Spain51 Puerto Rico51 Cyprus, Greek side50 Antigua49 Hatteras Island, Outer Banks, North Carolina48 Aruba (Netherlands)47 Grand Cayman47 Roatán, Bay Islands, Honduras47 St. Martin (Netherlands/France)47 Cozumel, Mexico46 Oahu, Hawaii46 Key West, Florida46 Phuket, Thailand45 Hilton Head, South Carolina44 Jamaica44 Providenciales, Turks and Caicos37 Ibiza, Spain37 St. Thomas, U.S. Virgin Islands

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Resistentes das Ilhas

Estamos em nove ilhas do Atlântico Norte por amor ao mar, ao céu e ao vento que nos fustigam a alma e alimentam a nossa saudade.
Um dia partiram, um, dois, três mais...e mais tarde muitos mais...e depois outros e mais outros, para terras distantes.
Aí ficámos ao relento, comemos o frio da noite e das montanhas e bebemos o sofrimento com o sabor amargo da vitória em terras da estranja.
Ainda aqui estamos, donos e senhores das Ilhas, terra pouca, mar tremendo, olhando o barco e o avião que passam para ocidente.
Enquanto a paz durar e os sinos cantarem a chegada da festa da Vida.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Lira Açoriana -sucesso em Coimbra e Leiria

A Orquestra Regional LIRA AÇORINA, efectuou sexta-feira no Teatro Gil Vicente, em Coimbra e sábado no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, dois concertos memoráveis.
Sob regência do Maestro António Melo, os 102 elementos da Lira, residentes em todas as ilhas, demonstraram que a qualidade não é só apanágio das Bandas e Philarmonias das capitais. Podemos ombrerar com o que de melhor se faz neste país, sobretudo por se tratar de tocadores jovens - o mais novo tem 14 anos.
De grande qualidade artística e musical foi a peça Arquipélago do compositor e intérprete Antero Ávila, que revela com perfeição o domínio técnico dos instrumentos e narra o nascimento das ilhas e a sua constante exposição aos elementos da natureza. Antero Ávila é, na verdade, um compositor de elevada qualidade e esta obra guinda-o à galeria dos melhores músicos e compositores açorianos. Merece público reconhecimento.
Helder Bettencourt, outro picoense, com o arranjo sobre quatro temas do folclore regional, demonstrou igualmente que nos Açores e na Ilha do Pico, há tocadores, maestros e bandas de grande qualidade.
Esta deslocação deve ser o prenúncio de outras deslocações ao continente. Ganham as "nove ilhas e uma só música" e ganham os Açores promovendo o que de melhor têm.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Cavaco continua centralista

Cavaco Silva visitou quatro ilhas, viu, ouviu e, ao contrário de todos os partidos parlamentares, disse que a autonomia estava como estava, que não eram necessários mais poderes.
De imediato C.César ainda comentou que o Presidente da República tinha razão.
Depois, deu o dito por não dito, e reafirmou a necessidade da ampliação dos poderes autonómicos.
Alberto João Jardim, "tocado" pelo centralismo de C.S. veio defender a sua dama - a autonomia.
A frente insular, beliscada pelo conhecido centralismo de Cavaco, parece manter-se. Oxalá perdure pois pode ser necessária para fazer frente ao inquilino de Belém na hora da aprovação do novo Estatuto.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Cavaco: As Autonomias têm competências bastantes

O Presidente da República manifestou hoje na ALRA a sua velha costela centralista. Após reconhecer que cabe aos deputados regionais e à Assembleia da República ditarem as regras das Autonomias, afirmou que estas não precisam de mais competências, antes de pôr em prática políticas e competências já consagradas. ( Não tirem mais poderes ao representantes da república para ele exercer as suas competências...)
C.Silva foi mesmo ao ponto de propôr o aprofundamento do relacionamento entre as autonomias e o Estado. De cá para lá, pois no sentido inverso há uma compreensão absoluta do auto-governo...quem nos dera!!!
Não houve, portanto evolução no pensamento cavaquista, pese embora as referências a Antero, Natália, Nemésio...que só serviram para revelar que ele também conhece os ícons literários que qualquer português conhece...
Cavaco veio ver e realçar o que está feito, mas a sua preocupação foi, sobretudo, afirmar a unidade do estado e a sua magistratura, sinal de que no seu sub-consciente a unidade nacional pode estar em perigo. Não referiu ele que as autonomias nunca tiveram qualquer conflito grave com o Estado? Por que o terá referido se o problema não se coloca? receio do separatismo?
Cavaco, Presidente da República, pretendeu afirmar nos Açores, perante o país, que cumpre os seus propósitos, pensando já na sua reeleição. O resto, a compreensão da insularidade, da ultraperiferia, da dificuldade de meios humanos e materiais para realizar a justiça e a igualdade entre TODOS OS PORTUGUESES, nomeadamente os PORTUGUESES DOS AÇORES, isso não compreende o Presidente, porque não vive.
Cavaco é palaciano, desloca-se, pontualmente, do palácio de Belém ao país real, mas este não sente que ele percebe como vive o povo.
Quem é que disse durante a visita: "podeis provar a aguardente do Pico pois temos conosco uma equipa do INEM?"
Este é um Presidente distante, bem resguardado, protegido do contacto e do contágio das dificuldades do dia-a-dia... um Presidente esfíngie, cujo coração só se comove na palavra dos discursos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

César e Jardim entendem-se nas críticas ao Governo da República

"Presidente açoriano acusa Governo de descurar o país devido à presidência da UE
03.10.2007 - 09h02 PUBLICO.PT
Carlos César referiu-se especificamente à falta de atenção às regiões autónomas
O Governo da república estará demasiado ocupado com a presidência da UE e a descurar a governação do país, na opinião do presidente do Governo Regional dos Açores, o socialista Carlos César.
O presidente do executivo açoriano, citado pela rádio TSF, considera ainda que o país está a ser governado por um subsistema de ministros sem peso político e de directores-gerais que não representam necessariamente a linha política do Governo nacional, nomeadamente no que respeita às regiões autónomas dos Açores e da Madeira.Carlos César fez estas afirmações ontem à noite no Funchal, onde se encontra para participar na XIII Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas da União Europeia. E justificou-as com o forte envolvimento do primeiro-ministro, José Sócrates, e dos seus principais ministros na presidência portuguesa da UE, que se iniciou em Julho e vai até ao fim de Dezembro.Na ocasião, César estava reunido com o presidente da Região Autónoma da Madeira, Alberto João Jardim, que disse que as duas reigiões estão agora em união de facto. "Foi um namoro de doze anos, doze anos a namorar, a mandar pérolas um ao outro", disse Jardim. "E agora passou-se, não propriamente a um casamento, [mas a uma] união de facto política", rematou o presidente açoriano.
Porta-voz do PS não concorda
O deputado do PS Vitalino Canas, porta-voz do partido, disse por seu lado à TSF que de facto este “é um momento com uma agenda muito exigente” para o Governo nos planos externo e interno, mas considera que a governação do país não tem sido descurada.Lembrou algumas reformas recentes no país e considerou que não há razões para pensar que o Governo não esteja a cumprir a sua missão em qualquer destas duas frentes.Vitalino Canas ressalvou também que não sabia se Carlos César se estaria a referir a algum aspecto concreto que tivesse detectado."
(jornal Público.online.pt)

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Os Lares de idosos precisam de ser fiscalizados

Há dias um artigo publicado no semanário Terra Nostra denunciava a falta de pessoal e os maus cuidados prestados a utentes do Lar da Levada, pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada. Tenho informação de fonte médica que o mesmo se passa noutras instituições do género, sobretudo por falta de pessoal de enfermagem.
O Governo é a entidade pública que distribui verbas pelas IPSS, importa, pois que fiscalize a qualidade dos serviços prestados. De contrário pode-se estar a encobrir situações gritantes que não servem os nossos idosos numa etapa da vida que eles merecem seja minimamente penosa e feliz.
O texto, que abaixo transcrevo, do Açoriano Oriental, pode pintar de côr de rosa a realidade dos Lares.
Está a ser apreciado um diploma que visa a criação de uma rede de cuidados continuados e integrados dirigida aos idosos de todas as ilhas
A ideia passa por conferir uma maior articulação e agilização de respostas entre os serviços de Saúde e da Segurança Social através das instituições particulares de solidariedade social.De acordo com a directora regional da Solidariedade e Segurança Social, Andreia Cardoso, esta será a melhor forma de chegar aos idosos mais dependentes, permitindo que estes possam permanecer em casa o maior tempo possível com maior qualidade de vida.É que, entretanto, nos últimos três anos, os idosos açorianos têm vindo a ser assistidos por via da rede destinada a cidadãos com necessidades especiais. Foram criadas equipas multidisciplinares especializadas, pelo Instituto de Acção Social, com técnicos de assistência social, psicólogos, nutricionistas, animadores, com vista a qualificar o tipo de resposta junto dos mais velhos.Equipas estas concentradas nas cidades de Ponta Delgada, Horta e Angra do Heroísmo, no sentido de apoiar as instituições com pessoal em acolhimento - lar ou residência -, apoio ao domicílio e centro de convívio de idosos, aponta Andreia Cardoso ao Açorianos Oriental. Hoje estão em curso um conjunto de investimentos para os idosos, designadamente a implementação progressiva do alargamento do tempo de serviço de apoio ao domicílio e, por outro lado, a criação de pequenas residências nas zonas rurais, indica a titular da pasta da Solidariedade e Segurança Social.Outro dos seus objectivos, passa igualmente por garantir a prestação de apoio ao domicílio durante o fim-de-semana, meta esta que a directora regional espera atingir em breve, garante ao Açoriano Oriental.E com a criação da rede de cuidados continuados e integrados, Andreia Cardoso acredita que as novas soluções poderão aprofundar o planeamento e coordenação ao nível dos serviços de apoio que, para além dos cuidados de saúde, prevêem ainda a alimentação e higiene, especialmente vocacionadas para a terceira idade.Com a introdução do sistema integrado, a Direcção Regional da Solidariedade e Segurança Social pretende abranger agora os idosos espalhados por todas as ilhas. Actualmente, os cuidados continuados já chegam a mais de 150 idosos, enquanto na área da acção social são já mais de oito mil.Recorde-se que em 2004, cerca de 32 mil cidadãos idosos residiam nos Açores, segundo relatório da Provedoria da Justiça acerca do funcionamento dos lares de terceira idade, o correspondente, aproximadamente, a 13% de uma população de 242 mil habitantes.Nessa altura, o arquipélago dispunha de 24 lares de terceira idade, acolhendo 919 idosos, o que correspondia a 2,87% da população com 65 anos ou mais, em oito das nove ilhas da Região, com excepção do Corvo, única ilha onde não existe estrutura do género.São lares geralmente de propriedade de instituições particulares de solidariedade social, nomeadamente as Santas Casas da Misericórdia. Até 2004 não haviam lares de idosos públicos.
(jornal Açoriano Oriental)

Boas intenç

Região vai ter rede de cuidados continuados e integrados
Regional 2007-10-01 08:01
Está a ser apreciado um diploma que visa a criação de uma rede de cuidados continuados e integrados dirigida aos idosos de todas as ilhas
A ideia passa por conferir uma maior articulação e agilização de respostas entre os serviços de Saúde e da Segurança Social através das instituições particulares de solidariedade social.De acordo com a directora regional da Solidariedade e Segurança Social, Andreia Cardoso, esta será a melhor forma de chegar aos idosos mais dependentes, permitindo que estes possam permanecer em casa o maior tempo possível com maior qualidade de vida.É que, entretanto, nos últimos três anos, os idosos açorianos têm vindo a ser assistidos por via da rede destinada a cidadãos com necessidades especiais. Foram criadas equipas multidisciplinares especializadas, pelo Instituto de Acção Social, com técnicos de assistência social, psicólogos, nutricionistas, animadores, com vista a qualificar o tipo de resposta junto dos mais velhos.Equipas estas concentradas nas cidades de Ponta Delgada, Horta e Angra do Heroísmo, no sentido de apoiar as instituições com pessoal em acolhimento - lar ou residência -, apoio ao domicílio e centro de convívio de idosos, aponta Andreia Cardoso ao Açorianos Oriental. Hoje estão em curso um conjunto de investimentos para os idosos, designadamente a implementação progressiva do alargamento do tempo de serviço de apoio ao domicílio e, por outro lado, a criação de pequenas residências nas zonas rurais, indica a titular da pasta da Solidariedade e Segurança Social.Outro dos seus objectivos, passa igualmente por garantir a prestação de apoio ao domicílio durante o fim-de-semana, meta esta que a directora regional espera atingir em breve, garante ao Açoriano Oriental.E com a criação da rede de cuidados continuados e integrados, Andreia Cardoso acredita que as novas soluções poderão aprofundar o planeamento e coordenação ao nível dos serviços de apoio que, para além dos cuidados de saúde, prevêem ainda a alimentação e higiene, especialmente vocacionadas para a terceira idade.Com a introdução do sistema integrado, a Direcção Regional da Solidariedade e Segurança Social pretende abranger agora os idosos espalhados por todas as ilhas. Actualmente, os cuidados continuados já chegam a mais de 150 idosos, enquanto na área da acção social são já mais de oito mil.Recorde-se que em 2004, cerca de 32 mil cidadãos idosos residiam nos Açores, segundo relatório da Provedoria da Justiça acerca do funcionamento dos lares de terceira idade, o correspondente, aproximadamente, a 13% de uma população de 242 mil habitantes.Nessa altura, o arquipélago dispunha de 24 lares de terceira idade, acolhendo 919 idosos, o que correspondia a 2,87% da população com 65 anos ou mais, em oito das nove ilhas da Região, com excepção do Corvo, única ilha onde não existe estrutura do género.São lares geralmente de propriedade de instituições particulares de solidariedade social, nomeadamente as Santas Casas da Misericórdia. Até 2004 não haviam lares de idosos públicos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Há enfermeiros a mais ou cuidados de saúde a menos?

Há uns anos atrás dizia-se que a melhoria da saúde nos Açores, passava pelo aumento do pessoal médico e de enfermagem, pelos meios de diagnóstico e de tratamento das doenças, pelo acesso de todos aos cuidados de saúde primários e diferenciados.
As Escolas de enfermagem de Ponta Delgada e de Angra do Heroismo, continuam a dar um grande contributo para a formação de profissionais de saúde, mas os novos enfermeiros no final do curso vêem-se a braços para arranjar colocação e alguns, este ano, tiveram que rumar às Canárias para exercer, temporariamente, a profissão a troco de uns míseris 1.500 euros, o que, tendo em conta o custo de vida e as tabelas salariais naquela região espanhola, é ordenado baixo.
Será que mais anos menos ano as Escolas Superiores de Enfermagem vão ter que fechar?
Ou o Governo e as entidades que prestam cuidados de saúde, terão de examinar a qualidade do serviço que prestam aos utentes?
Em meu entender de nada serve fazer-se novos hospitais e centros de saúde se os cuidados prestados não têm a qualidade exigida por falta de formação especializada dos profissionais de saúde: médicos e enfermeiros.
Se não nos sentarmos à mesa quanto antes para reflectir sobre isto, corremos o risco de a mortalidade e morbilidade aumentarem mais nos Açores e passarmos para a cauda da Europa.

domingo, 16 de setembro de 2007

Coligação para quê?

"...há mais de cinco décadas e particularmente depois da II Guerra Mundial, uma aliança internacional de índole estratégica" torna os Açores parceiros dos EUA. Esta parceria estende-se para além da mera utilização, por parte dos norte-americanos, da Base das Lajes, na ilha Terceira, ou de outras estruturas aeroportuárias ou portuárias. Esta relação torna a Região num parceiro essencial "de uma coligação democrática determinante para o nosso futuro colectivo".
Que quererá C.César significar com esta coligação? Será que tem em vista uma nova cimeira com o ultra-conservador Bush, para uma qualquer intervenção no médio oriente ou em África?
Coligação democrática pressupõe motivações políticas comuns e não me parece que entre Santana e a Casa Branca os propósitos e ideais se identifiquem.
Será que sou eu que não entendo?

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Recomeço aqui!

Criei um blog com o título "Azoriano" no site do semanário " Sol ". Por mais que me esforçasse, não teve a visibilidade que desejava face aos temas abordados, abordados alguns por figuras ilustres como a Dra Lélia Nunes de Florianópolis, estado de Sta Catarina, Brasil.
Por isso decidi criar este blog http://azorianos.blogspot.com
cujo espírito se mantem: liberdade de pensar, de escrever, de dialogar, de criticar e de propôr. LIBERDADE DE INTERVIR, como cidadão, numa sociedade marcada pelo individualismo, pelo salve-se-quem-puder, pelo comodismo, pelo não-te-rales...
Participar na construção de uma sociedade mais justa, é a minha preocupação, tendo como matriz o personalismo, a identidade individual e dos povos, o direito à diferença, à contestação, à irrequietude de de um mundo em construção de de uma ciência sempre-a-fazer-se.
Seja bem-vindo ao Azorianos e verá que eles estão espalhados pelo mundo do norte ao sul, do oriente ao ocidente.
Temos sangue açoriano, o mar corre-nos nas veias, fomos forjados nas lava dos vulcões. Somos dos Açores