segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A construção de parques de estacionamento está ultrapassada

Nos céus de Ponta Delgada, centenas e centenas de bombas assinalaram, há pouco, a inauguração do parque de estacionamento subterrâneo da Avenida.
Em anúncio ontem publicado na imprensa, com a chancela do município, convidava-se a população para a "inauguração do maior parque de estacionamento subterrâneo dos Açores" como se a Câmara de Berta Cabral gerisse todo o território insular.
Uma ideotice, cheia de uma arrogância e de bairrismo inacreditáveis, em que só os tolos acreditam.
A obra de Berta Cabral, em que se gastaram milhares e milhares de euros, chega numa altura em que os pópós estão cada vez mais em causa devido à crise do petróleo.
Bem bom que se deixou de falar em escavacar o resto da avenida para poente, para continuar a obra megalómana bertense!
Seria de toda a urgência que autarcas e governo se sentassem à mesa para repensar os transportes públicos em Ponta Delgada e no resto da Região, por forma a ecologizar-se ainda mais a vida nos Açores.
Caso não aconteça, rapidamente, perderemos o combóio da modernidade.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Será tudo isto ironia?

A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, defendeu hoje que em democracia não é possível fazer reformas contra as classes profissionais, demarcando-se da atitude do Governo no que respeita à reforma do sistema de justiça.
"Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se", observou a presidente do PSD, acrescentando: "E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia".
"Agora, em democracia efectivamente não se pode hostilizar uma classe profissional para de seguida ter a opinião pública contra essa classe profissional e então depois entrar a reformar - porque nessa altura eles estão todos contra", concluiu Manuela Ferreira Leite.

Será tudo isto ironia, ou laivos de um pensamento político anti-democrático da lider do PSD?

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O novo executivo de Carlos César

Foi hoje anunciada, pelo Presidente do X Governo Regional, Carlos César a composição do executivo, que ficará assim constituída:
Vice-Presidente - Dr. Sérgio Ávila, economista, 39 anos;
Secretário Regional da Presidência - Dr. André Bradford, licenciado em Comunicação Social e Cultural, 37 anos;
Secretária Regional da Educação e Formação – Dra. Maria Lina Mendes, licenciada em Educação de Infância com Mestrado em Ciências de Educação, 44 anos;
Secretário Regional da Ciência Tecnologia e Equipamentos – Dr. José Contente, docente universitário, 50 anos;
Secretário Regional da Economia – Dr. Vasco Cordeiro, advogado, 35 anos;
Secretária Regional do Trabalho e Solidariedade Social – Dra. Ana Paula Marques, professora do ensino secundário, 46 anos;
Secretário Regional da Saúde – Dr. Miguel Fernandes Correia, economista, 36 anos;
Secretário Regional da Agricultura e Florestas – Dr. Noé Rodrigues, advogado, 52 anos;
Secretário Regional do Ambiente e do Mar – Prof. Dr. José Álamo de Meneses, professor universitário, 49 anos;
Subsecretário Regional dos Assuntos Europeus e da Cooperação Externa, Dr. Rodrigo Vasconcelos de Oliveira, advogado e Mestre em Relações Internacionais, 32 anos, sendo a Direcção Regional com as mesmas áreas extinta.
Subsecretário Regional das Pescas manter-se-á o Comandante Marcelo Leal Pamplona, licenciado em Ciências Militares Navais, de 52 anos de idade.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O EXEMPLO DO PSD-AÇORES

A sucessão, ou talvez não de Costa Neves na liderança do PSD-Açores, está a ser um espectáculo deplorável em democracia.
As estruturas de ilha, face ao anunciado abandono de CN que deixa os social-democratas açorianos uma vez mais orfãos, socorrem-se de todos os meios para fazer demover Berta Cabral a aceitar uma liderança que, pelos vistos, não quer.
Se Berta Cabral esta noite recusar os empurrões das CP de ilha, o PSD-Açores vai passar por uma fase difícil.
Por isso é que já se diz que CN vai reconsiderar e manter-se mais um ano à frente do artido, pelo menos até depois das próximas eleições.
Este embróglio em que Berta Cabral não pretende dar a cara, pois a sua reeleição próxima parece ser certa, demonstra a falta de novos e credíveis lideres nos partidos da oposição - o mesmo se passa no continente.
O que está em questão é o conceito de cidadania e os preconceitos (in)justificados sobre a actividade política e o serviço à causa pública.
Quando a militância partidária se confina aos benefícios do exercício dos cargos e não às ideias, causas e valores, o resultado é este:TODOS SE FECHAM EM CASA E NINGUÉM TEM TEMPO PARA SERVIR OS OUTROS.

domingo, 28 de setembro de 2008

César e o estatuto de um político verdadeiro

Carlos César numa enytrevista ao semanário SOL afirma que o próximo será o seu último mandato. César está convencido que vai vencer as Regionais de 19 de Outubro. Desconfia, no entanto, que Cavaco Silva, na senda do seu anti-autonomismo, possa vetar politicamente o Estatuto Político Administrativo dos Açores, reaprovado por unanimidade na Assembleia da República.

Será que César não reza a todos os social-democratas, (inclusivé Mota Amaral) para que o Presidente vete politicamente o documento e para que o Tribunal Constitucional, vete a norma detestada por Cavaco?

César arrisca por isso dar o dito pelo não dito. Por que não igualar o seu antecessor, no domínio do poder autonómico? Até aos 20 anos, como MA?

Se a política não é uma escola de virtudes, importa, todavia, que os líderes cumpram a sua palavra perante o povo que os elegeu.

Se César cumprir o que disse, ficará na história da autonomia pelo seu importante contributo ao desenvolvimento das Ilhas, pelo rigor da sua administração e pelo cumprimento da palavra dada, qualidades que os eleitores muito apreciam e a história consagra.

sábado, 13 de setembro de 2008

HERANÇA

O meu avô escravo
legou-me estas ilhas incompletas
este mar e este céu.
As ilhas
por quererem ser navios
ficaram naufragadas
entre mar e céu.
Agora aqui vivo eu
e aqui hei-de morrer.
Meus sonhos
de asas desfeitas pelo sol da vida
deslocam-se como répteis sobre areia quente
e enroscam-se raivosos
no cordame petrificado da fragata
das mil partidas frustradas.
Ah meu avô escravo
como tu
eu também estou encarcerado
neste navio fantasma
eternamente encalhado
entre mar e céu.
Como tu também tenho a esmola do luar
e por amante
essa mulher de bruma, universal, fugaz,
que vai e vem
passeando à beira-mar
ou cavalgando sobre o dorso das borrascas
chamando,
chamando sempre,na voz do vento e das ondas.

Aguinaldo Fonseca [S. Vicente, 1922], in Poesia Africana de Língua Portuguesa (Antologia), Nova Aguilar S. A., Rio de Janeiro, 2004

sexta-feira, 20 de junho de 2008

PSD-Açores sem garra

O PSD-Açores aproveitando o Congresso Nacional em Guimarães, fez distribuir um info-mail cujo lema é: ESTÁ NAS SUAS MÃOS.

O mail não traz nada de novo. Até o lider Costa Neves, num plano picado e numa postura que o desfavorecem, tem o ar de cansado, desalentado, triste. Uma foto tipo bilhete de identidade que não transmite a vontade, o querer e a determinação com que um lider da oposição se deve apresentar ao eleitorado para ele ESCOLHER O MELHOR PARA OS AÇORES. Depois, é um texto sem conteúdo e com contradições de que o marketing político não se compadece, como esta de dizer: dedici reduzir ao essencial os custos da campanha eleitoral.

Se assim é, por que se editou e distribuiu este info-mail? Para dizer que "a campanha eleitoral do PSD terá como principal preocupação explicar o nosso projecto para os Açores, em contacto directo com quem sempre nos motivou?
Então porque não se aproveitou já este panfleto para o fazer?
Costa Neves e o PSD-Açores começam mal, receosos, pouco determinados e, como é óbvio, deixando aos eleitores a melhor escolha para os Açores.
Para marketing político, esta mensagem é demasiado inócua, tímida e desmobilizadora, revelando que a derrota é inevitável.
Por onde andas PSD de vinte anos de vitórias e de mobilização popular?

sábado, 17 de maio de 2008

II Congresso das Telecomunicações, em Santa Maria

A ilha de Santa Maria vai receber, a 12 e 13 de Junho, o II Congresso das Telecomunicações dos Açores, anunciou hoje o secretário Regional da Habitação e Equipamentos, numa conferência de imprensa agendada para o Dia Mundial das Telecomunicações.

Segundo José Contente, a realização da inicativa confirma a aposta contínua do Governo dos Açores numa nova dimensão de investimento que “integra a instalação e utilização das novas tecnologias no modelo estratégico de desenvolvimento e qualificação da Região”.

Diversos factores, entre os quais a localização geográfica das ilhas dos Açores justificam uma valorização das comunicações na Região, considerou, apontando como temas do congresso intitulado, “Nova Dimensão”, as “Tecnologias Espaciais: Georeferenciação e Detecção Remota” e as “Tecnologias Terrestres - Nova Dimensão de Futuro para as Comunicações”.

Com a iniciativa pretende-se perceber melhor a situação actual no que diz respeito à tecnologia espacial, nomeadamente o projecto Galileo, e sobre que tecnologias e como será desenvolvido o futuro das comunicações, explicou o governante.

José Contente sublinhou que o Executivo já avançou com projectos como a Rede de Estações Permanentes da RAA, em que existem parcerias com as universidades de Lisboa e Porto, indicando que, até ao final do ano, todas as ilhas terão disponíveis este tipo de instrumento inter-operativo.

Referiu-se, também, a projectos de Detecção Remota integrada na área da Geomática que trata da exploração da informação recolhida por sensores a bordo de satélites artificiais da Terra, destacando como áreas científicas que interagem com a Detecção Remota a Cartografia, a Geografia, a Oceanografia, a Hidrologia, o Planeamento do Território, o Ambiente, a Geologia, Sismologia, Vulcanologia, Gestão de Recursos Florestais e Agricultura, ou seja as Ciência da Terra.

A realização do congresso em Santa Maria revela, também, a importância que o Governo de Carlos César dá aos projectos que começaram a gravitar à volta da estação açorinana da Agencia Espacial Europeia (ESA), designadamente a nova estação da Edisoft que terá um papel relevante na vigilância do Atlântico Norte e nos dados que recolherá para serem processados por uma nova empresa - a AZORES SPACE - ligada à produção de sistemas de engenharia de alta tecnologia, afirmou o secretário regional da Habitação e Equipamentos.

José Contente lembrou, igualmente, que o Governo dos Açores continua em conversações com o Instituto Geográfico Espanhol para a instalação de uma nova estação VLBDI destinada a operar na área da radioastronomia e chamou a atenção para a credibilidade e autoridade internacional dos palestrantes convidados, nomeadamente de Fernando Carvalho Rodrigues e dos respresentantes das empresas EUTELSAT e ASTRA, que garantem, à partida, novas perspectivas para o sector das telecomunicações nos Açores. (texto Gacs)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Somos o Povo Açoriano!

O presidente do Governo dos Açores fez hoje uma analogia entre o espírito de partilha muito próprio das Festas do Espírito Santo e a Identidade Açoriana para dizer que esse sentido de pertença e de fraternidade comunitária só está ao alcance de gente que se assegura como um Povo.

“Ora, um Povo não é coisa que passe a ser porque os outros a reconheçam, mas tão só condição de quem se conhece a si mesmo. Reafirmemos, pois, contra a escuridade e a ignorância dos catalogadores, que somos o “Povo Açoriano”! Basta nos conhecermos. Basta sabermos. Basta querermos”, afirmou Carlos César.
(foto: Gacs)
O presidente do Governo discursava na sessão solene comemorativa do Dia dos Açores, que teve lugar ao fim da manhã na Vila das Velas, ilha de S. Jorge, um dia “em que nos lembramos, também, do que éramos e dia em que olhamos o que somos, concluindo que nos orgulhamos do que vemos e da forma como recuperámos o tempo perdido. São tantos os progressos que vão acontecendo por todas as nossas ilhas que todos já quase nos habituámos a pensar que não há dificuldades que nos façam parar ou voltar para trás. Mas há sempre novos desafios, e quando não, há sempre uma nova ambição”.

Salientando o facto de, pela primeira vez, o Dia dos Açores estar a ser comemorado na ilha de S. Jorge, recordou acontecimentos e personalidades que a tornaram única, no contexto regional, e falou do muito que nela foi feito, bem como de projectos importantes a concretizar em breve, como a ampliação do aeroporto e as construções do núcleo de recreio náutico de Calheta e de ampliação do cais acostável do Porto das Velas.

O presidente do Governo, referindo a necessidade de continuar a desenvolver esforços para tranquilizar os que trabalham, para continuar a fortalecer a centralidade da família e os seus rendimentos, ultimamente tão afectados pelos aumentos dos custos dos créditos bancários, dos combustíveis e dos bens alimentares, recordou os apoios em vigor ou já anunciados, como o Complemento à Pensão dos Idosos, o Complemento Açoriano aos Abonos de Família – em que serão aplicados, no próximo ano, mais de dois milhões e seiscentos mil euros – e a ajuda nos casos de familiares portadores de deficiência ou toxicodependentes.

“Temos que continuar a somar vitórias, o que só é possível travando sempre mais batalhas. Ganhámos na negociação dos fundos comunitários europeus até 2013, o que nos ajudará certamente a continuar a ter a nossa economia a crescer mais do que a União Europeia; vencemos na última revisão da Lei de Finanças das Regiões Autónomas, que, como havíamos garantido, beneficiou e fez justiça aos Açores; vamos vencer na revisão do nosso Estatuto, conseguindo mais avanços competenciais nos sentidos pretendidos”, afirmou Carlos César.

E o presidente do Governo concluiu dizendo que “os Açores não podem parar! Nos momentos de incerteza ganharemos o alento das horas de júbilo. Como nos disse Natália, Para a frente! Lutar, batalhar. Que bom é ser Açoriano!”

quarta-feira, 23 de abril de 2008

As Festas do Senhor

Há um ambiente de Festa em Ponta Delgada; dão-se os últimos retoques na fachada do Santuário da Esperança e, no interior do templo, os devotos suplicam ao Senhor cura para os seus males e aflições.

É assim há 300 anos. A imagem foi oferecida pelo Papa Paulo III e, mais tarde, madre Teresa da Anunciada, desenvolveu a devoção à imagem do Senhor, Ecce Homo, inculcando-a no coração e na Fé do povo micaelense.

São dias de muita Fé e devoção, dias de súplica e arrependimento, de confraternização e alegria de chegadas e de partidas de emigrantes, de forasteiros.

A Festa do Senhor Santo Cristo, continua a marcar o ciclo da vida deste povo.

Há, porém, sinais visíveis de arrefecimento das convicções religiosas, em favor de um secularismo que não é solução para os problemas e inquietações dos homens, nomeadamente dos jovens.

Neste campo, cabe à Igreja iniciar um diálogo com vista a uma reflexão séria sobre a melhor forma de transmitir e de ser sinal da mensagem evangélica que apela à paz, à justiça, e ao entendimento e amizade entre todos os homens.

Boas Festas.



quarta-feira, 9 de abril de 2008

Lisboa não abre mão da tutela sobre as Forças de Segurança



Carlos César acusou o Governo da República de ceder a pressões de instituições e entidades – que não quis especificar – para não descentralizar competências que seriam fundamentais para a segurança e ordem públicas, tendo, por isso, altas responsabilidades no aumento da criminalidade violenta registada nos Açores.

O presidente do Governo dos Açores, que se encontra de visita oficial a Cabo Verde, reagia assim aos dados divulgados pela Polícia de Segurança Pública e que foram objecto de notícia do jornal “Açoriano Oriental”.

Para Carlos César, as responsabilidades do Governo da República derivam da “pouca atenção que tem dado às regiões autónomas, com consequências visíveis ao nível da evolução da criminalidade em ambos os arquipélagos, no contexto do combate à criminalidade, quer do ponto de vista de meios, quer do ponto de vista de prioridades.”

Aliás, prosseguiu o presidente do Governo, a actual proposta de revisão da Lei de Segurança Interna, aprovada em Conselho de Governo, “ainda não dá uma resposta capaz. E, no domínio da segurança, o Governo da República continua a ceder a pressões provenientes de outras instituições e de outras entidades para não descentralizar para as regiões autónomas competências que seriam fundamentais do ponto de vista das forças de segurança e da ordem pública”.

Ainda assim, Carlos César considera que os dados do Relatório Anual de Segurança Interna de 2007 – conhecidos pelo Governo Regional desde meados de Março passado e agora tornados públicos, em Ponta Delgada, pela PSP – apontam para a concentração em S. Miguel do aumento dos crimes violentos, o que, sendo sempre preocupante, reflecte um fenómeno que abrange ambas as regiões autónomas.

De facto, enquanto o aumento de 90 por cento, nos últimos oito anos, da incidência de crimes violentos, situa os Açores no 11º lugar entre as diversas regiões portuguesas, a Madeira colocou-se numa posição bem pior, ficando no 7º lugar.

E mesmo no que diz respeito à evolução entre 2006 e 2007 em regiões comparáveis por serem ambas isoladas e terem quase o mesmo número de habitantes, os Açores tiveram, nesta tipicidade de crime violento e grave, um aumento de 12,4 por cento, enquanto a Madeira teve de 33,8 por cento.

Revelou o presidente do Governo que, nesse período, se registaram 235 casos nos Açores e 455 na Madeira. (Gacs)

domingo, 6 de abril de 2008

C.César, os independentes e o futuro do PS

O jornal PÚBLICO, na sua edição de hoje, publica um interessante artido sobre o
pensamento de três jovens deputados e dirigentes do PS.
O actual presidente da JS, Pedro Nuno Santos, num momento em que, aqui nos Açores, Carlos César, na sua moção de estratégia ao próximo congresso, defende uma grande abertura aos independentes, afirma: "Há um recurso excessivo aos independentes, passa-se a ideia de que o importante não é estar nos partidos, mas estar por perto". E acrescenta o lider da JS: o recurso excessivo a não militantes "desqualifica o partido". “Para se fazer política tem de se estar dentro dos partidos, ganhar competências políticas (comunicação, liderança, gestão de equipas) e preparar-se para a renovação". Segundo ele, o modelo ideal encontra-se no sistema britânico: "Só os eleitos para o Parlamento podem chegar ao Governo. São os quadros políticos que governam". Os quadros técnicos apenas prestam assessorias.David Martins, outro jovem deputado socialista junta-se ao raciocínio, mas abranda o tom. "Partilho da ideia de que o PS não pode ser barriga de aluguer", tem de "apostar na valorização do militante, e é este input que acho que os jovens podem trazer à política", começa. Mas logo acrescenta que "os partidos também não se podem fechar, têm de fazer pontes com os players, trabalhar com todos para encontrar as melhores soluções". Por isso, "não podemos deixar de incorporar independentes".Aos jovens quadros, Marcos Sá lança um prudente aviso para não se entregarem de corpo e alma aos partidos. "Não vejam isto como agência de emprego, cada um tem de ter a sua carreira, porque uma pessoa, para ser livre num partido, tem de ter uma profissão". É o que ele sempre fez, de modo que, "quando alguma coisa ferir a minha consciência, seguirei o meu caminho autónomo". Quanto aos independentes, não vê qualquer problema: "A entrada de um bom quadro é uma oportunidade para valorizar o PS".

Numa altura em que o PS Açores se prepara para novo congresso, de que sairá vencedor Carlos César, importa saber se esta opção pelo recurso a independentes significa uma secundarização dos dirigentes e militantes socialistas, por falta de recrutamento e de formação de jovens quadros partidários. Há uma insatisfação muda e silenciosa de alguns dirigentes regionais. Embora não denunciem publicamente o que chamam “autismo” de César, na tomada de decisões, interrogam-se se César não estará a transformar a sua maioria de apoio numa espécie de Acção Nacional Popular, de feição e intervenção democráticas.
Apesar disto, Carlos César sabe o muito que vale politicamente e que tem os açorianos do seu lado. Mas a sua liderança forte e musculada, dando a ideia que o Governo e o partido são apenas ele, levanta cada vez mais a questão: E depois de César?
Será que este é também questão que preocupa o actual e futuro presidente do Governo?
César ao deixar o Governo, durante ou no fim da próxima legislatura, preocupar-se-á em manter o PS no poder?
Mota Amaral, ao abandonar o Executivo, pretendeu dar a imagem de desprendimento do poder, quando o cansaço e a exaustão já eram evidentes. Os eleitores do PSD não entenderam nem aceitaram a sua atitude, nem lhe perdoaram o abandono do barco que construíu e de que foi timoneiro incontestado. E depois dele o PSD naufragou.
Oxalá Carlos César aprenda a lição. Caso contrário, o ciclo histórico da Autonomia Regional com o PS cujas marcas de progresso são evidentes, dará lugar a outro novo e longo ciclo político. A dura e penosa experiência dos partidos da oposição não favorece nem a Autonomia nem a livre participação cívica e política.
Os grandes líderes políticos e não só, devotam-se aos outros, mais que a si próprios, têm uma doutrina, fazem Escola e deixam discípulos: Cristo, ...Ghandi, Luther King...
Por isso são reconhecidos como verdadeiros Mestres.
Dos outros, a história encarregar-se-á de apagar a sua memória.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A.J.Jardim versus Estatuto dos Açores

A Assembleia da República aprovou hoje por unanimidade e na generalidade a terceira revisão ao Estatuto Político-Administrativo dos Açores. O texto baixará à comissão para serem introduzidas algumas alterações, mas consagra um reforço do poder legislativo da região e estabelece a prevalência da legislação regional sobre a nacional.
Curiosa, ou talvez não, é a opinião de Alberto João Jardim, que está em congresso no próximo fim de semana. Segundo ele, a aprovação do Estatuto dos Açores, impedirá que a próxima revisão constitucional incida sobre as Autonomias.
Ou será por o futuro estatuto consagrar deveres e obrigações que os políticos madeirenses não pretendem ver aplicados na terra de Jardim, impedindo que o regabofe e a impunidade continuem na chamada pérola do Atlântico?
Por outro lado, não deixa de ser curiosa o entendimento de C.César sobre o poder autonómico e as suas relações com o poder central em matéria de poder local-

terça-feira, 25 de março de 2008

Material radioactivo na Horta

No antigo edifício do Hospital da Horta foi encontrado material radioactivo.O prédio está selado pela empresa que procede à sua recuperação.
São lâmpadas de raio X que foram deixadas no velho hospital.Embora a radiação seja baixa, a empresa construtora preferiu não correr riscos e aguarda a vinda de técnicos para inspeccionarem o local.No edifício vai ser instalado o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Prática do Golf em pastagens açorianas


Aqui está uma forma de ultrapassar a dificuldade de construir um campo de golf, atendendo aos custos dos terrenos, da construção dos green e dos equipamentos e instalações de apoio.






"O Turismo dos Açores está a criar uma nova actividade para os adeptos do golfe. Chama-se golfe rústico açoriano e pode ser jogado em pastagens com relva baixa e sem gado. O objectivo é proporcionar uma actividade lúdica e educacional ao praticante de golfe e não praticante, e respectiva família, num contexto rural.Esta nova actividade tem a vantagem de não necessitar de campos muito preparados, que servem, em exclusivo, a finalidade desportiva. O conceito aplica-se a espaços de pasto que têm outras utilizações durante todo o ano e que acabam por ser uma espécie de campos multiusos. O encanto deste conceito açoriano reside na possibilidade de se praticar golfe em terrenos ocupados por animais domésticos, culturas agrícolas e outras zonas rurais.O golfe rústico açoriano é uma forma de promover o golfe e poderá ser um novo elemento de animação turística que vem complementar e diversificar a oferta turística dos Açores, e pretende contribuir para o desenvolvimento do turismo no arquipélago, enquanto destino apelativo para a prática da modalidade. Trata-se de uma forma diferente de praticar golfe, com graça e diversão e que em nada afecta o ambiente.As regras aplicadas ao golfe rústico açoriano são muito semelhantes às do golfe tradicional, sendo que as grandes diferenças são o local da prova – decorre numa pastagem com relva baixa e sem gado, em vez dos habituais greens em extensos campos de golfe – os buracos – nesta versão são substituídos por nove bandeiras e circunferências desenhadas na relva. No restante, pratica-se com o mesmo equipamento (um ou dois tacos), mas sem o rigor e o formalismo do golfe tradicional. Se o campo estiver enlameado joga-se com botas de cano (galochas).As ofertas de animação e lazer das unidades de turismo rural são múltiplas e cada vez mais inventivas, e o golfe rústico açoriano é um exemplo disso mesmo."

quinta-feira, 13 de março de 2008

Costa Neves- político sem ideias



Costa Neves é, definitivamente, um político sem futuro, sem discurso e sem ideias novas.
Não basta dizer que se pode fazer melhor. É preciso detectar as falhas e apresentar alternativas credíveis.
Li há dias uma entrevista no Diário dos Açores ao Dr. Costa Neves.
Duas páginas em que o ex-director regional, ex-deputado e secretário regional, ex-presidente da SATA, ex-eurodeputado, ex-secretário de estado e ex-ministro conseguiu dizer tudo menos o que a jornalista estava à espera: anunciar medidas de política concretas, caso vença as próximas regionais. Mas sobre isso, nada! Um deserto de ideias!
Uma linguagem verrinosa, de extrema esquerda, que não se entende num político que quer ser Presidente do Governo.
Costa Neves parece não ser a solução pós Vitor Cruz de que o PSD-Açores precisa.
Deste modo, C. César continuará sem lider da oposição alternativo e as próximas regionais correm o risco de atingir os valores mais altos da abstenção.
(foto do Diário de Notícias)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Um grande feito marítimo que Portugal ignorou

Genuino Madruga o açoriano natural da Ilha do Pico que cometeu a bravura de passar, sozinho, no veleiro Hemingway, pelo Cabo Horn, foi esquecido pela imprensa portuguesa. Se Genuino vivesse em Lisboa, ou fosse patrocinado por grandes empresas, o seu feito teria sido capa em jornais e revistas nacionais e estrangeiras. G.Madruga continua a sua viagem em volta do mundo, convencido, porém, de que os açorianos são tão grandes e tão bons portugueses como os melhores, mesmo que os seus nomes não cheguem nem ás rádios nem às Tv,s nacionais.
Aqui fica a mensagem que ele dirigiu após a sua passagem por aquele "cabo das tormentas" que pode ser lida em: http://www.genuinomadruga.com
"Desde Ushuaia - A passagem do Cabo Horn 29 Janeiro de 2008

Caros amigos:Cá estou nesta linda e turística cidade, na cidade mais austral do Mundo, em Ushuaia.Aqui cheguei após passar o mítico e tenebroso Cabo da Ilha de Horn, facto histórico e sem precedentes na navegação marítima Portuguesa. Efectivamente chegar até a Ilha de Horn não foi tarefa fácil.As últimas 6 milhas naveguei com vento muito forte de Oeste, pela proa, tendo mesmo levado 10 horas para onseguir chegar à Ilha, o que aconteceu no passado dia 23. Procurei uma baía abrigada onde, em segurança, ancorei o Hemingway. Preparei meu bote insuflável, fui a terra confraternizar com os dois elementos da Armada do Chile que asseguram o bom funcionamento do centenário farol da Ilha de Horn. A recepção foi óptima! Estive na Capela Stela Maris, local cheio de boas mas, também, trágicas histórias! Creio mesmo que muitas dessas histórias só podem ser entendidas por aqueles que navegando em pequenas e (sempre) frágeis embarcações, conseguem viver o suficiente para assim relatarem tão marcante evento. Muitos não o conseguiram! Para estes últimos minha e, certamente, nossa, maior Homenagem! A Ilha de Horn é o mais desolado e inóspito que uma ilha pode ser. Não têm árvores e só mesmo na parte leste da ilha "sobrevivem" alguns arbustos e plantas rasteiras. A ilha tem aproximadamente a área da Ilha do Corvo, nos Açores.Após a passagem do Cabo, contornei por Oeste e por Norte a Ilha de Horn, entrei no Canal Beagle que percorri passando por diversas ilhas até chegar a este "oásis" que é o Ushuaia. De cá partirei para Porto Willians (Chile) seguindo-se diversos canais e passagens até a ilha de Chiloe, numa distância de cerca de 1000 milhas.Para terminar, digo-vos que para além do registo em livro, na Ilha de Horn, no Farol lá está a bandeira dos Açores, atestando que no dia 24 de Janeiro de 2008 um Português, natural das Ilhas Açores, navegando só, em seu veleiro, ali esteve!Desde estas terras do Fim do Mundo,Com um grande abraço !!!!Genuíno Madruga"

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Começou o ritual eleitoral

César mandou tocar os sinos, para chamar os fiéis para a liturgia política. Ele será o celebrante, acolitado, embora, por muitos sacerdotes, meninos de coro, membros de confrarias e comissões.
E o cortejo ainda não chegiou ao adro!...
Nos salões, vão reunir, algumas vezes, os membros das irmandades. Proporão medidas e farão juras de apoio desinteressado e incondicional à causa.
Após as férias estivais, haverá a grande festa, com arraial, recolha dos compromissos eleitorais e o tradicional sermão político, seguido de aplausos e de vivas!
Cerimonial idêntico, terão outras irmandades políticas, todas elas com juras de conversão ao povo e de fidelidade aos compromissos anunciados.
César tomou a dianteira, mas Costa Neves, Lima, Aníbal Pires, e alguém do BE, marcarão datas para as suas celebrações e respectivos cortejos...
Para que as festas corram bem e o povo goste, importa prepará-las: contratar as bandas, os artistas, as luzes, as bandeiras, as taças e os melhores lugares para os dedicados e indefectíveis. É que atrás do pálio, estão reservados, lugares para os segundos protagonistas que, vestidos de opas vermelhas e armados de varas, assumem, publicamente, o bom desempenho da festa.
Afinal, o cerimonial do poder cívico é uma réplica da liturgia católica!...
Quão difícil é "dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus"!...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Fomos mencionados pelo Arrastão

O destaque dado pelo blog Arrastão ( http://arrastao.org/ ) ao Azorianos, de entre quase três dezenas de outros também mencionados, comprova o que há muito defendemos: as novas tecnologias da informação TIC, revolucionaram os processos tradicionais de divulgação da opinião e da informação e constituem-se hoje num poderoso mass media quer a nível local quer a níveis mais amplos da globalização.
É uma responsabilidade a que procuraremos responder, uma vez que o nosso compromisso primeiro foi dar a conhecer os Açores ao Mundo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Alvaro Dâmaso colabora com Governo de C.César

Em 1996, por esta altura, era impensável o entendimento político entre estas duas personalidades regionais, pois ambas lutavam pelo poder.
Passados todos estes anos, Carlos César e Álvaro Dâmaso entenderam que os Açores precisam do contributo de todos, sobretudo dos que já deram provas de capacidade para o desempenho de tarefas relevantes. Um exemplo que, servindo embora estratégias político-partidárias, (não somos ingénuos!) deve ser referência para o futuro.
Aqui fica a notícia e foto publicada pelo GAC.S:

"Vantagens dos Açores devem ser valorizadas num contexto de concorrência num mercado aberto
O presidente do Governo dos Açores disse hoje ser importante identificar, promover, valorizar e potenciar, com muito rigor e realismo, as vantagens dos Açores num mercado aberto onde os capitais circulam sem barreiras e as possibilidades de investimento são cada vez mais globalizadas, sendo um esforço inglório e condenado ao fracasso tentar vender o que não tem mercado.

Carlos César falava na cerimónia da tomada de posse do novo presidente do Conselho de Administração da Agência para a Promoção do Investimento dos Açores (APIA), Álvaro Dâmaso, e da administradora não executiva, Leonor Albergaria, e apontou, como algumas dessas vantagens, a menor carga fiscal, uma população jovem, a estabilidade política e a estabilidade económica e financeira, o crescente nível de qualidade da infra-estruturação, bons sistemas de incentivos ao investimento privado e uma posição geoestratégica intercontinental revalorizada.

Particularizando, com especial ênfase, a estabilidade financeira açoriana, disse que “esta realidade é tão mais segura e evidente quanto, ao contrário do Continente e da Região Autónoma da Madeira, os Açores já efectuaram o seu esforço de consolidação e ajustamento orçamental – em que a estabilização das despesas de funcionamento da Administração Pública Regional é apenas um exemplo –, não se prevendo, por isso, a médio prazo, qualquer constrangimento na disponibilização crescente de financiamentos para promoção do investimento.”

Pelo contrário, adiantou o presidente do Governo, os Açores poderão, num quadro de novas prioridades, reforçar significativamente a disponibilização de meios à promoção do investimento privado e à qualificação dos recursos humanos.

Para Carlos César o momento é de viragem no paradigma de desenvolvimento regional, que coincide com o novo ciclo europeu de programação de fundos. Até 2013, as prioridades politicas regionais estão devidamente identificadas e quantificadas no Quadro de Referência Estratégico dos Açores (QRESA), mas a ambição do Governo Regional – revelou – “não é apenas a de repercutir linearmente esta densidade de apoios na dinamização da nossa Região. Muito para além da quantidade, queremos também ampliar a produtividade e agir no sentido do apuro do impacto real e sustentável desses mesmos recursos.”

Afirmando que a atracção de investimento externo é um factor crítico de sucesso para o desenvolvimento na Região, o presidente do Governo manifestou-se convicto dos bons resultados do trabalho da APIA e anunciou haver já intenções seguras de investimentos nos Açores em áreas ou sectores ainda pouco explorados e que representam segmentos de mercado emergentes na estrutura produtiva regional, nomeadamente nos sectores do turismo, do ambiente, energias renováveis, serviços e tecnologias.

Importa, pois – disse, a terminar – “continuar a trabalhar, fixando os projectos já apresentados e angariando outros. Os Açores necessitam dessas presenças investidoras em áreas que não estão preenchidas ou em outras que carecem de uma revalorização, sendo certo que os investidores encontrarão no Governo Regional, nessa perspectiva interveniente, um parceiro de facilitação das suas oportunidades de negócio.” (GAC.S)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Santa Maria com estação da Agência Espacial Europeia

A Agência Espacial Europeia (ESA) inaugura quinta-feira a sua primeira estação de rastreio de satélites localizada em Portugal, mais concretamente na ilha açoriana de Santa Maria, no meio do Oceano Atlântico.Nélia Figueiredo adiantou hoje à agência Lusa tratar-se de um investimento estruturante para o desenvolvimento futuro de uma ilha que, ao longo da sua história, “tem sido marcada pela implementação de tecnologia de ponta". "Primeiro com o aeroporto, agora com a estação de rastreio, Santa Maria tem sido um palco privilegiado de infra-estruturas de grande importância mundial", afirmou a autarca que gere uma ilha onde residem cerca de seis mil pessoas.Construído em 1944 por militares, o primeiro aeroporto civil açoriano localizado em Santa Maria serviu de ponto de escala obrigatória para o reabastecimento e comunicações com aviões que atravessavam o Atlântico nas ligações entre a Europa e a América. No entanto, o avanço tecnológico verificado na aviação, com aeronaves de maior autonomia de voo, originou um descréscimo a partir da década de 70 da importância deste aeroporto, actualmente gerido pela ANA.O investimento da ESA na ilha vem, agora, relançar as esperanças das autoridades locais de colocarem Santa Maria novamente no mapa mundial, disse. A estação de Santa Maria, localizada a cerca de 200 metros de elevação no topo do Monte das Flores, ficará integrada numa rede global, sendo "uma das primeiras" da rede ESTRACK com a capacidade de fazer rastreio de lançadores de satélites. O primeiro lançamento seguido a partir de Santa Maria vai ocorrer já no início deste ano, quando o primeiro ATV (Automated Transfer Vehicle), destinado a reabastecer a Estação Espacial Internacional, for lançado a partir da Guiana Francesa, a bordo do foguetão "Ariane 5". De acordo com a ESA, depois do lançamento, vai ser possível receber dados em tempo real durante todas as fases e os eventos críticos do voo. Para Nélia Figueiredo, esta infra-estrutura, além de atrair para a ilha novos habitantes com um grau de qualificação elevado, vai criar novos postos de trabalho para os marienses, dinamizando a "frágil economia local".Segundo disse, a população está expectante para ver o que vai acontecer nos próximos meses, embora nem todos estejam devidamente informados da importância e utilidade da estação da ESA."Nos próximos tempos será feita na ilha uma ampla campanha de informação para que todos percebam o que está a acontecer, além de visitas guiadas ao local destinadas aos alunos", revelou a autarca. Além de fazer o rastreio do lançamento do foguetão "Ariane 5", a estação de Santa Maria será usada, no futuro, para receber telemetrias de outros lançadores e para serviços de recepção e envio de dados, nomeadamente no caso do projecto CleanSeaNet, da Agência Europeia de Segurança Marítima, que detecta derrames de petróleo por satélite, indicou a ESA. A estação açoriana foi instalada na sequência de um acordo entre a ESA e as autoridades portuguesas, que envolve também o Governo Regional dos Açores, e é operada localmente sob contrato com um consórcio que compreende os parceiros Edisoft/Segma/GlobalEda. (www.azorianooriental.pt)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Cantos d,Outrora do Belaurora- entre os grandes discos da música portuguesa

Álvaro José Ferreira da Antena 1 considera Cantos d’Outrora, de Belaurora(CD, UPAV, 1992), um dos grandes discos da música portuguesa, numa selecção publicada em: http://nossaradio.blogspot.com. Entre os eleitos conta-se discos de Amália, Zé Afonso, Fausto, Carlos Paredes, Trovante e outros grupos de nomeada e de excelente qualidade.
"Em 1992, vem a lume o CD "Cantos d'Outrora", álbum que o grupo Belaurora gravara em Abril de 1991. Seguindo-se ao LP "E do Velho Se Faz Novo!" (Polygram, 1987), este é o segundo trabalho discográfico do Grupo de Cantares Belaurora, criado em 1985, na ilha de S. Miguel (Açores), e especialmente vocacionado para a «recolha, pesquisa, estudo, preparação e divulgação da música tradicional e popular de todas as ilhas, sobretudo a mais antiga e já quase desconhecida». Com harmonizações de Carlos Sousa, o grupo Belaurora (Ana Medeiros, Carlos Sousa, Eduardo Medeiros, Francisco Nascimento, Isabel Meireles, Laureno Sousa, Margarida Botelho, Margarida Sousa, Micaela Sousa, Pedro Medeiros e Rui Lucas), recupera e recria em "Cantos d'Outrora" doze temas: "Manjericão" (Flores), "Abana" (Pico), "Sapateia" (S. Jorge), "Chamarrita de Braço" (S. Miguel), "Pezinho" (Graciosa), "Nova Chamarrita" (letra e música de Gilberto Bernado), "Sapateia" (Santa Maria), "Pezinho dos Flamengos" (Faial), "Tirana" (Terceira), "Saudade" (Saudade), "O Ladrão" (Flores) e "Naufrágio" (letra de Cristóvão de Aguiar / música tradicional da Ilha Terceira)."Cantos d'Outrora" fez parte da lista de álbuns nomeados para o Prémio José Afonso, de 1992, e embora não tivesse merecido do júri a distinção máxima (atribuída a Vitorino, com "Eu Que Me Comovo por Tudo e por Nada"), não deixa de ser um belo trabalho de música tradicional portuguesa, no caso açoriana. Com este disco e os que se seguiram, o grupo Belaurora tornou-se – pode dizer-se sem exagero – a maior referência no que respeita à recuperação e divulgação do rico cancioneiro das nove "ilhas de bruma".Sobre o disco, assim escreveu António Melo Sousa (ao tempo, Director de Programas da RDP-Açores): «Espelho de cantigas de um tempo sem tempo, "Cantos d'Outrora" é, antes de mais, um álbum concebido e laborado com rigor, mestria e vontade. Aqui se confirma a opção do Grupo Belaurora por caminhos já anteriormente revelados, tanto em disco como em muitas actuações ao vivo. Só que, neste caso, os critérios de recolha, as harmonizações e a disciplina dos arranjos reflectem uma solidez que é afinal fruto da experiência acumulada. "Cantos d'Outrora" é, no seu todo, um bom exemplo da necessária redescoberta do cancioneiro tradicional dos Açores, levada a cabo por um grupo cujo trabalho reflecte a verdade de um compromisso assumido com a terra e a gente que inspiram a raiz dos sons que recria. Sete anos depois do seu aparecimento, o Grupo Belaurora regressa assim ao nosso convívio com uma mão cheia de cantigas que nos (re)conduzem ao terreiro das ilhas onde a chamarrita pode ser nova ou de braço e onde, entre o aperto da saudade e da tirana, florescem pezinhos e sapateias».

Um abraço ao Bel,Aurora, ao seu director musical e respectivos elementos e votos de longa vida, que muito tem prestigiado a música tradicional açoriana.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Que pretendem os bancos? Que coloquemos a pequena poupança sob o colchão?

"Eles comem tudo e não deixam nada... (Saudades do Marcelismo)

Caixa Geral de Depósitos-Os Vampiros do Século XXI ou o Socialismo Moderno
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores principescamente pagos daquela instituição bancária. A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços, incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas contas à ordem. As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de contas, o estimado/a cliente é confrontado com a informação de que, para continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção, terá de ter em cada trimestre um saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à respectiva conta. Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio diário de EUR 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma. Como se compreende, casos como este e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar despesas de manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria. Uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos. É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade. Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa. Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso. Medita e divulga. . .
Mas divulga mesmo por favor Cidadania é fazê-lo, é demonstrar esta pouca vergonha que nos atira para a miserabilidade social.
Este tipo de comentário não aparece nos jornais, tv's e rádios....Porque será??? "
PS: o texto foi-me enviado por e-mail e desconheço o seu autor.
Acrescento apenas que este procedimento já há muito foi adoptado pela banca privada, mas uma instituição de crédito pública deve acautelar a pequena poupança.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Vamos conhecer-nos melhor

Neste início do ano, gostaria de saudar os açorianos ausentes do arquipélago.
Estão espalhados pelo Sul do Brasil (Sta Catarina e Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo), no Uruguai, Estados Unidos, Bermuda, Canadá, continente europeu e demais terras, até em Macau.
São os nossos embaixadores culturais nesses destinos, apesar de tudo, não escondem a sua matriz e a saudade das ilhas.
Que este ano de 2008 constitua um tempo para nos sentarmos à mesa, através das novas tecnologias, trocarmos experiências e vivências e darmos contributos positivos ao desenvolvimento social e cultural da TERRA-MÃE.
Bom ano para si.